Caso Covaxin

STF suspende julgamento sobre inquérito que apura vazamentos da CPI

2ª Turma do STF analisava trancamento do inquérito no Plenário Virtual. Votação estava empatada em 1x1. Nunes Marques pediu mais tempo para análise

Por FERNANDA VALENTE
Publicado em 02 de dezembro de 2021 | 15:44
 
 
Nunes Marques Foto: Felipe Sampaio/STF

Foi suspenso o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a abertura de inquérito pela Polícia Federal para investigar suposto vazamento de depoimentos sigilosos que foram entregues à CPI da Pandemia. 

A votação acontece na 2ª Turma do STF e estava empatada em 1x1 para trancar o inquérito. O caso era analisado em Plenário Virtual, mas foi suspenso por pedido de vista (mais tempo para análise) feito pelo ministro Nunes Marques.

Em agosto, a Polícia Federal publicou uma nota informando que foi determinada a abertura de investigação para apurar o vazamento de inquéritos e depoimentos sobre irregularidades na aquisição da vacina indiana Covaxin. 

A cúpula da CPI foi ao Supremo pedir a suspensão dos inquéritos e também a apresentação de cópias dos procedimentos que foram abertos. Depois que o pedido foi protocolado, a PF informou que o inquérito não chegou a ser aberto, mas pediria a autorização do STF para abrir a investigação.

O Habeas Corpus começou a ser analisado no fim de outubro, mas já havia sido suspenso a pedido do ministro Gilmar Mendes. À época, o relator, ministro Edson Fachin, votou para negar o pedido por entender que a atuação da PF aconteceu dentro dos limites.  

Agora, Gilmar Mendes abriu a divergência e votou para trancar a investigação que, segundo ele, é ilegal e usurpa a competência do Supremo para julgar autoridades que detém foro. 

A Polícia, disse o ministro, “não possui poder de abrir investigação de ofício contra autoridades detentoras de foro e tampouco requerer a abertura ao STF, iniciativa que cabe à PGR”. 

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