Decisões sobre o X

Veja quem são os políticos brasileiros citados no relatório do Congresso dos EUA

Além de deputados de direita, como o mineiro Nikolas Ferreira (PL), há influenciadores digitais, comunicadores e até um cantor gospel críticos ao STF

Por Hédio Júnior
Publicado em 18 de abril de 2024 | 19:00
 
 
Decisões do STF foram divulgadas em relatório de deputados dos EUA Foto: STF/Divulgação

Os ofícios sigilosos envolvendo a rede social X em decisões tomadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revelam políticos, jornalistas e até um cantor gospel entre as mais de 400 pessoas que tiveram seus perfis retirados do ar ou monitorados por supostas divulgações de informações falsas em críticas ao Judiciário e ao governo federal.

Esses nomes constam do relatório divulgado nessa quarta-feira (17) por deputados do Partido Republicano dos Estados Unidos ligados ao Comitê liderado pelo deputado Jim Jordon. 

Entre os alvos das decisões estão os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Otoni de Paula (MDB-RJ), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Gustavo Gayer (PL-GO) e Zé Trovão (PL-SC), além dos ex-deputados Daniel Silveira e Cristiane Brasil (filha do ex-presidente do PTB Roberto Jefferson), e o senador Alan Rick (União-AC). 

No documento foram reveladas decisões do STF para serem cumpridas pelo X. Além de parlamentares, também são citados o influenciador digital Monark; os jornalistas Paulo Figueiredo, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio e Adrilles Jorge; a juíza Ludmila Grilo e o pastor e cantor gospel André Valadão.

Nesta quinta-feira (18), o alinhamento no STF foi de não comentar o assunto. Procurados, ministros como Gilmar Mendes e Flávio Dino optaram pelo silêncio. Já o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, desconversou dizendo se tratar de um “problema de política dos Estados Unidos”. De acordo com a assessoria do tribunal, todas as decisões tomadas para retirada de conteúdo por plataformas foram juridicamente fundamentadas.