Legislativo

Nely Aquino diz não ver CPIs como afronta ou ataque

Presidente da Câmara Municipal foi a entrevistada desta quarta-feira do Café com Política da rádio Super 91.7 FM

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 09 de junho de 2021 | 14:44
 
 
Vereadora Nely Aquino Não conta com o apoio do irmão, Waldivino Aquino, para deputada federal Foto: Reprodução/Rádio Super 91.7 FM

A presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereadora Nely Aquino (Podemos), participou nesta quarta-feira (9) do Café com Política, da rádio Super 91.7 FM e falou sobre as duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) abertas na Casa atualmente – uma que investiga os gastos da prefeitura na pandemia e outra que apura irregularidades em contratos da BHTrans. A parlamentar disse que “diferente da grande maioria”, não vê o instituto da CPI propriamente dito como “afronta ou ataque, mas a Câmara cumprindo o seu papel de fiscalizar”.

Nely avaliou ainda que a CPI é “só mais uma ferramenta que o vereador tem para desenvolver o seu trabalho” e que atualmente a Câmara possui um perfil diferente de vereadores e essa mudança faz com que os parlamentares busquem todas as ferramentas disponíveis para desenvolverem da melhor forma o respectivo trabalho de fiscalização.

Perguntada se já há algum encaminhamento dos dois colegiados, a presidente disse que ainda é muito cedo, já que o prazo dos trabalhos é de 120 dias e que tem muito tempo para “discutir, ouvir, avaliar, pedidos de informação, oitivas”, mas ressaltou que o trabalho realizado é sério, respeitoso e acima de tudo, de fiscalização.

Em uma avaliação do novo perfil da Casa, Nely disse que o existe discussão maior nos debates em comparação com a legislatura passada e que o líder de governo, vereador Léo Burguês (PSL) e o secretário de governo, Adaclever Lopes têm um trabalho maior de convencimento dos vereadores para aprovarem pautas. “Essa mudança é justamente porque tivemos maior número de partidos e essa mudança de blocos e bancadas que tivemos no regimento fortaleceu muito isso”, avaliou.

Já sobre a relação com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), a presidente da Câmara afirmou que foi e continua sendo de muito de respeito. Sobre a possibilidade dele ser candidato ao governo de Minas e se essa antecipação das eleições de 2022 aumentou a oposição na Casa, a parlamentar disse não acreditar que esse seja o motivo pelo fato da política não parar. Para ela, os vereadores já têm problemas demais para fiscalizar em Belo Horizonte e vão deixar a discussão a nível de Estado para a Assembleia.

 

Por fim, Nely considerou que atualmente a maior preocupação da Câmara é fazer com que Belo Horizonte “volte a rodar”, principalmente o comércio. Para isso, a ideia é dar agilidade a projetos de lei enviados pela prefeitura que desburocratizam a vida do comerciante na cidade.