O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teceu duras críticas à condução do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) na noite desta quinta-feira (16) e apontou para um rompimento entre o parlamentar e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
"O ministro Paulo Guedes não tem contato mais com o Rodrigo Maia. Ele (Maia) é o dono da pauta", disse Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil.
"O Paulo Guedes fez uma proposta, fez uma contrapartida. Nâo precisa nem conversar com o Rodrigo Maia. Ele (Maia) sabe que está errada a posição dele", afirmou o presidente da República.
"Parece que ele está conduzindo o Brasil para o caos. Não temos como pagar uma dívida monstruosa que está aí. Não temos recursos. Qual é a intenção? Esculhambar a economia para enfraquecer o governo, para que eles possam voltar em 22? Eu não estou pensando em política. O Brasil indo bem, todo mundo vai bem. Ele vai ser reeleito, vai com toda certeza quem sabe voltar a ser presidente da Câmara. Não é uma luta aqui agora, eu apelo ao Rodrigo Maia, de você contra o Brasil nem de você contra mim. É uma luta nossa a favor do Brasil", acrescentou o presidente da República.
Diferentemente do aprovado pela Câmara, a proposta de Paulo Guedes tinha como objetivo enviar recursos "carimbados" para saúde e alimentação e distribuir outros valores livres per capita. Segundo Maia, seria uma forma de retaliar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pois a proposta do governo previa um valor menor aos paulistas.
Bolsonaro também avaliou a condução de Maia como "péssima".
"O Brasil não merece o que o sr. Rodrigo Maia está fazendo com o Brasil. O Brasil não merece a atuação dele na Câmara. Não é o Parlamento. É a atuação dele. Me desculpe, sr. Rodrigo Maia, mas é péssima sua atuação. Quando você fala em diálogo, a gente sabe qual é o teu diálogo. Esse tipo de diálogo não vai ter comigo. Não estou rompendo com o Parlamento não, muito pelo contrário", declarou o chefe do Executivo na entrevista.
"Essa questão do vírus interessa pra todos nós uma maneira de soluciona-la, mas, dessa forma, está aprofundando a crise, botando uma crise no meu colo, vai chegfar o total vai chegar a R$ 1 trilhão e o Brasil não dispõe disso aí", concluiu.