Eleições 2022

PL pede redes sociais de apoiadores que irão à convenção com Bolsonaro

Contas no Facebook, Instagram e TikTok são solicitadas no cadastro para emitir ingresso; evento será no domingo no Rio de Janeiro

Por Lucyenne Landim
Publicado em 18 de julho de 2022 | 20:25
 
 
Presidente Jair Bolsonaro (PL) irá disputar a reeleição no pleito de outubro deste ano Foto: Isac Nóbrega/PR

O PL pediu ao público geral que irá acompanhar a convenção do partido no próximo domingo (24) que informe as redes sociais que mantém na internet. As informações das contas no Facebook, Instagram e TikTok são solicitadas no momento do credenciamento para o evento, que irá acontecer no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, mas não são obrigatórias para a finalização do cadastro e a emissão do ingresso em uma plataforma virtual.

Bolsonaro mantém contato intenso com a militância que o apoio pelas redes sociais. Além de fazer comunicados pelo Twitter, manter canal no Telegram, transmitir lives de eventos no Facebook e conversar com apoiadores também em outras redes, ele adotou o espaço virtual como rotineiro para a live semanal, em que informa a seguidores sobre ações dele e do governo.

A convenção irá oficializar a candidatura de Bolsonaro para tentar a reeleição no pleito de outubro deste ano. O ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, se filiou ao PL e deve ser oficializado na chapa para disputar a vice-presidência. O atual vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, se filiou ao Republicanos para concorrer ao Palácio do Planalto.

Bolsonaro deve chegar ao evento no Maracanãzinho às 11h22. O horário foi escolhido para reforçar o número 22, que representa os candidatos do PL nas urnas eletrônicas. Os portões do local serão abertos às 8h22 e a previsão é que a convenção seja encerrada às 19h. Apesar de oficializar a candidatura diante dos integrantes do partido, a campanha eleitoral só terá incício em 16 de agosto.

Nesta segunda-feira (18), Bolsonaro convidou embaixadores para um evento no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente em Brasília (DF), para reforçar teses não comprovadas contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas. Ele disse que o sistema é falho e não permite auditorias – informação já desmentida pelo TSE, que permite auditoria por empresa externa contratada por partido político. Ele também declarou que o Tribunal Superior Eleitoral e a Polícia Federal concluíram que seria possível invadir as urnas eletrônicas — o que vem sendo negado oficialmente.

O mandatário ainda atacou diretamente três ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF): Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Barroso foi o último presidente do TSE, enquanto Fachin é o atual e Moraes irá comandar a Corte em outubro, durante as eleições. O presidente disse estar sendo acusado "o tempo todo" pelos três de "querer dar um golpe".

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