Polêmica

Presidente da Fundação Palmares usa redes para criticar Dia da Consciência Negra

Sérgio Camargo chamou data de “Dia da Vitimização do Negro; Fundação é o órgão federal responsável pela promoção da afro-brasilidade.

Por Carlos Amaral
Publicado em 20 de novembro de 2021 | 14:37
 
 
O presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo Foto: Instagram/Reprodução

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, usou as redes sociais neste sábado (20/11) para criticar o Dia da Consciência Negra. A data celebrada hoje nacionalmente foi incluída no calendário escolar em 2003 e desde 2011 foi instituída em todo país, pela lei federal 12.519/2011. O dia foi escolhido é atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista.

Nas postagens, Sérgio Camargo afima que a data pode ser chamada de “Dia da Vitimização do Negro” e “Dia de Luta pela Divisão Racial do Povo”. Veja postagens abaixo.

Crítico de opositores, o presidente da fundação também afirmou que existem somente “três tipos de pretos que interessam à esquerda: o bandido, o militante e o vitimista”. Ele ainda declarou que nunca precisou da pauta racial em sua vida profissional para conquistar espaços de chefia, “somente mostrar serviço e resultados”.

 

Sugestões para dar credibilidade à data, já que consciência não tem cor:
Dia da Mente Negra Escravizada pela Esquerda, ou Dia do Culto ao Ressentimento pelo Passado. Opcionalmente, Dia da Vitimização do Negro. Considerem tmb Dia de Luta pela Divisão Racial do Povo. Por nada. pic.twitter.com/j9Bwgvc8IS

— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 20, 2021

Fundação Palmares

A Fundação Palmares é uma entidade pública brasileira vinculada à Secretaria Especial de Cultura , do Ministério do Turismo. Entre as atribuições da organização, criada em 1988, está a promoção da afro-brasilidade.

Presidente da instituição desde 2019, Camargo é conhecido por divergir do movimento negro, em especial quando teve uma conversa vazada em maio de 2020 chamando os ativistas de "escória maldita".

 

Há somente três tipos de pretos que interessam à esquerda: o bandido, o militante e o vitimista. Pretos que estudam e vencem pelo mérito são inconvenientes. Contrariam a narrativa. https://t.co/9q26tknwrf

— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 20, 2021

 

Somente a competência deve ganhar espaço nas empresas. Não são ONGs nem coletivos vitimistas. Trabalhei minha vida toda em empresas privadas, nas quais, em alguns casos, cheguei a cargos de chefia ou subchefia. Não precisei de "pauta racial", somente mostrar serviço e resultados. pic.twitter.com/9ExNbt1nKI

— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 20, 2021