O suicídio da escrivã Rafaela Drumond, servidora da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lotada em Carandaí, na Zona da Mata mineira, gerou um grande debate sobre a saúde mental na segurança pública. A mulher, de 32 anos, foi encontrada sem vida pelos pais dela na casa da família, no início de junho.

Um dos principais nomes quando o assunto é o combate ao assédio moral, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) defende que houve avanços importantes a partir deste caso. Ele preside a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que ouviu recentemente outros integrantes da corporação que também foram vítimas de assédio dentro da PCMG.

Durante o Café com Política, da FM O TEMPO, nesta terça-feira (1º), ele argumentou que “há sempre uma resistência muito grande das chefias de polícias em tratar desse assunto. Houve um momento em que se o servidor tolerasse bem o assédio ele pontuava bem na avaliação da Polícia Civil. Há essa cultura que muitas vezes confunde hierarquia e disciplina nas instituições com a questão do assédio”.

A PCMG concedeu licença médica de dois meses para um investigador alvo das investigações relacionadas ao caso de Rafaela. Ele e um delegado, que também é investigado no caso, foram transferidos duas vezes desde o início da apuração.

Além desses afastamentos, Sargento Rodrigues considera também que “há avanços sim porque não é praxe de alguns deputados convocar determinadas autoridades para prestar esclarecimentos diante das pessoas que estão denunciando. Isso foi feito pela comissão, nós convocamos a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto. Eu fiz questão que ela fosse convocada para que ela ouvisse pessoalmente as denúncias e sentisse que esse processo é grave”.

O parlamentar ainda acrescentou que diversas providências foram tomadas e continuarão sendo tomadas, assim como as atividades da comissão, para garantir a integridade dos servidores da segurança pública no estado.