O ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso pela Polícia Federal após resistir por 8 horas e atirar e jogar granadas em agentes da corporação, passou a noite no presídio José Frederico Marques, de Benfica, na zona Norte do Rio. Ele chegou ao local no início da madrugada, após passar pela Superintendência da Polícia Federal. Nesta segunda-feira (24), ele passará por audiência de custódia e existe a possibilidade, inclusive, de que ele seja transferido para Bangu, ficando no Complexo Penitenciário de Gericinó.

Não há ainda detalhes específicos sobre as condições da cela em que o ex-presidente nacional do PTB está acondicionado. Contudo, por padrão, as celas do presídio têm capacidade para até seis pessoas, possuem 16 metros quadrados e contam com três beliches. Há banheiros fechados, com vaso sanitário, pia e chuveiro de água fria. Há uma tomada e é possível a utilização de um ventilador. As camas possuem colchões que foram utilizados por atletas durante os jogos olímpios do Rio de Janeiro, em 2016. O presídio passou por uma reforma e foi inaugurado em 2017.

Vários políticos e personalidades já ficaram em Benfica. A lista inclui, por exemplo, os ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, as ex-primeiras-damas Adriana Ancelmo e Rosinha Garotinho, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Jorge Picciani, o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman, e o empresário do transporte público Jacob Barata.

Caso de Jefferson

Neste domingo (23), Roberto Jefferson atacou agentes da Polícia Federal (PF) com fuzil e granadas. O confronto ocorreu depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado a detenção do político por violar os termos de sua prisão domiciliar, utilizando redes sociais, portando armas e atacando a ministra do STF Cármen Lúcia, a Corte e o sistema eleitoral. Na sexta-feira (21), Jefferson publicou um vídeo proferindo ofensas contra a ministra. Na ocasião, comparou a magistrada a uma prostituta.

Jefferson agora também pode responder por resistência à prisão e tentativas de homicídio, além dos crimes pelos quais já é investigado, como calúnia, injúria, difamação, ameaça e crimes contra a ordem democrática. Como ele não é mais réu primário, já que foi condenado e cumpriu pena em razão do escândalo do mensalão, isso tende a tornar suas penas mais duras.

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