Defesa da Democracia

UFMG faz ato de apoio à 'Carta aos Brasileiros em Defesa da Democracia'

O manifesto, que contou com a assinatura de grandes empresários, sindicalistas, intelectuais e políticos adversários, foi lido ao mesmo tempo em todo o país

Por Franco Malheiro
Publicado em 11 de agosto de 2022 | 12:53
 
 
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A leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito” também foi realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nesta quinta-feira. O manifesto, que contou com a assinatura de grandes empresários, sindicalistas, intelectuais e políticos adversários, foi lido ao mesmo tempo em todo o país.

O ato na UFMG, realizado na Faculdade de Direito, contou com a leitura da ‘Carta aos Brasileiros’, uma nota da UFMG, outra da OAB e outra da Faculdade de Direito. 

Na UFMG, a carta aos brasileiros foi lida pela professora da Faculdade Misabel Derzi. O presidente da OAB-MG, Sérgio Leonardo, fez a leitura do e Manifesto à Nação em Defesa da Democracia, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Já a reitora da UFMG, Sandra Goulart fez a leitura de uma nota emitida pela Universidade. Enquanto a professora Mônica Sette Lopes, diretora da faculdade, leu um manifesto da Faculdade de Direito.

A “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito”, que foi organizada por ex-alunos da Faculdade de Direito da USP (FDUSP) em 2022, havia recebido mais de 940 mil assinaturas até as 11h desta quinta, com adesão de professores, alunos, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), artistas, banqueiros, empresários, candidatos à Presidência da República, instituições de diversos setores e profissionais das mais variadas atividades.

O documento defende o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas, sob ataque de Bolsonaro. “Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral”, diz trecho do documento

Bolsonaro, que ataca sistema eleitoral, chama documento de “cartinha”

O presidente Jair Bolsonaro tem se referido ao documento como “cartinha”. O termo foi usado por ele, por exemplo, durante um almoço com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), na segunda-feira (8).

Bolsonaro afirmou que o objetivo do manifesto é “voltar o país às mãos dos que fizeram uma ofensa conosco”, em referência aos governos do PT. “Quem quer ser democrata não tem que assinar cartinha não. Todo mundo, se eu mandar assinar que sou honesto, todo mundo vai assinar que é honesto. Democracia tem que sentir o que a pessoa está fazendo”, disse.

Ele ainda garantiu que não assinaria a carta, “por causas além da política”. “É melhor um democrata na corrupção do que um honesto em um regime forte? Qual regime forte é meu? Me aponte uma palavra minha contra a democracia”, questionou. (Com agência)