O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) disse que "vacinas salvam vidas" na primeira agenda do presidente Lula (PT) em Minas Gerais neste terceiro mandato. A declaração dele acontece após o governador Romeu Zema (Novo), que está no evento, defender a liberdade das crianças para se imunizarem ou não.

"Quero parabenizar a ministra da Saúde, Nísia, não somente pela gestão, mas pela defesa e trabalho árduo para vacinar o povo brasileiro, em especial as nossas crianças. Porque democratizar a ciência é sinônimo de preservar a vida. Isso, Ministra, é o que evita números alarmantes como esses que estamos vivenciando aqui em Minas. Uma verdadeira epidemia de Dengue, porém, estamos trabalhando para vacinar todo mundo. Vacina salva vidas".

Em vídeo gravado ao lado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), Zema anunciou que a vacinação não será mais obrigatória para a matrícula de crianças e adolescentes em escolas da rede estadual. “Aqui em Minas, todo aluno, independentemente de ter ou não vacinado, terá acesso às escolas”, afirmou o governador.

Após a repercussão, Zema voltou a defender a medida em entrevista. Toda criança tem o direito de frequentar a escola, isso é inquestionável. A criança vai ter uma merenda boa, vai ter boas escolas, e vai, principalmente, aprender ciência, para que no futuro ela tenha condições, diferente do que já aconteceu no passado, queremos que ela venha decidir se quer ou não ser vacinada”, disse à CNN Brasil.

A fala motivou representações no Ministério Público contra Zema. Uma delas foi movida pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT).