Peça importante na campanha histórica do América no Campeonato Brasileiro do ano passado, o goleiro Matheus Cavichioli se submeteu a uma angioplastia no início do ano devido a um problema cardíaco. Após meses longe dos gramados, Cavichioli falou sobre a emoção que sentiu quando entrou em campo no duelo contra o Flamengo.

“Na entrada em campo para o aquecimento eu até brinquei com o Azevedo (Felipe), será que fica estranho se eu começar a chorar? Ele disse para eu me soltar por tudo que passei. Voltar depois do que aconteceu no Maracanã, um dos grandes templos do futebol, foi sensacional”, contou.

O resultado da estreia na temporada não foi da forma que Cavichioli esperava, 
mas ainda sim o goleiro americano celebrou a rápida recuperação. O jogador informou que o prazo estipulado pelos médicos era de seis meses, mas que ele voltou muito antes do esperado.

“Quando saiu o resultado do que eu tinha comecei a pesquisar na internet. Isso é errado porque cria um monstro na nossa cabeça que não é pra tanto. Fui atrás, li bastante, perguntei muito aos médicos (...) o meu cardiologista junto com o Dr. Leandro (Penna), que foi o médico responsável, me falaram que seria de três a seis meses, em dois meses e meio voltei a treinar normalmente, antes do esperado", explicou Cavichioli.

A recuperação não foi fácil para Matheus, que é uma pessoa ansiosa, ele queria estar em campo ajudando os companheiros. O defensor do Coelho contou que precisou parar mesmo não sentindo dores. Cavichioli, inclusive, não pode disputar a Copa Libertadores, competição inédita na história do clube.

“O processo, ao mesmo tempo que foi rápido, perto do que deveria ter sido, para mim, particularmente, foi demorado. Sou ansioso e quero ajudar, querer ajudar e não poder fazer nada é difícil. Quando temos algo muscular sentimos, mas isso que tive não senti nada desde o início, foi completamente silencioso. Fui obrigado a parar e isso me incomodou bastante”, mencionou.

O América vive um momento complicado na temporada e o jogador de 35 anos acredita que essa fase vai passar. Matheus revelou que a situação preocupa e que a equipe precisa começar a vencer ‘batalhas’.

“A melhora tem que ser diária. Não basta acreditar somente no jogo que vai dar certo senão comprar a ideia nos treinos. Como já viramos a chave inúmeras vezes e mostramos que é possível sair de uma situação que nos incomoda, que preocupa o torcedor, uma situação que o América não tem que estar. Nada mais justo que entregar o nosso máximo. Tem um ditado no futebol que falamos treino é jogo e jogo é guerra. Vamos melhorar nesses jogos para vencer as batalhas”, finalizou.