Em entrevista exclusiva à rádio Super 91,7 FM, o lateral-esquerdo Marlon explicou como foi viver aquela decisão contra o Barcelona, no estádio Banco Pichincha, em Guayaquil. No dia 15 de março, o América escreveu seu nome na Copa Libertadores ao eliminar o time equatoriano, semifinalista na temporada passada, e avançar à fase de grupos do torneio Continental.
“Ali foi maravilhoso. Aquele momento é único na nossa carreira. Naquela semana estávamos treinando pênaltis, eu também treinei e se precisasse eu bateria sem problema nenhum, mas tinha batedores melhores, com confiança e isso facilitou muito o trabalho. Deu tudo certo e o Jailson também nos ajudou garantindo uma defesa”, disse.
Sobre a estratégia adotada pelo técnico Marquinhos Santos para segurar o Barcelona, que jogava diante de sua torcida, o plano foi segurar o lado direito que tinha Byron Castillo e Erick Castillo. Marlon acabou ficando mais recuado e o América chegava com maior perigo pelo lado direito.
“Cada jogo é uma história. No caso do Barcelona, a jogada mais forte deles era com o ponta direita. Era um jogador rápido, forte, tivemos um cuidado maior daquele lado. Procurei ficar mais, segurar mais porque a qualquer momento eles poderiam sair no contra ataque ou alguma jogada pelo meu lado e poderia complicar o jogo para nós. Então, naquele jogo, eu fiquei mais por causa disso, estratégia de jogo. O Marquinhos é muito inteligente. Cada jogo tem uma estratégia nova, um pensamento novo, mas ele também nos dá uma liberdade tremenda”, revelou o atleta, de 28 anos.
Revelado pelo Bonsucesso, Marlon chegou ao Coelho na última temporada por empréstimo junto ao Sampaio Corrêa. o lateral-esquerdo aproveitou a oportunidade, conquistou espaço e a diretoria americana se esforçou para adquirir em definitivo o atleta até o fim de 2024.
“No início é uma incógnita porque quando a gente vem de um time menor para um clube maior, que está disputando a série A, ficamos receosos se vai dar certo ou não. Graças a Deus as coisas foram acontecendo de uma maneira maravilhosa. Eu tive a oportunidade de jogar. Assim que eu cheguei aconteceram fatores onde pude jogar a final do Mineiro e iniciar o Brasileiro, só que aconteceu a lesão que eu tive no joelho e fiquei de fora um período. Graças a Deus eu voltei e apareceu a oportunidade de novo. Mostrei meu jeito de jogar e o pessoal gostou. Antes do Campeonato da série A acabar os diretores daqui (América) comunicaram que queriam optar pela compra”, explicou.
Hoje, Marlon é o titular da lateral-esquerda do América e quando ele não pode atuar João Paulo assume a posição. Em disputa sadia por espaço no time, o lateral-esquerdo garante que tem uma ótima relação com João Paulo. “O João (Paulo) é sensacional, sem palavras. Ele me ajuda bastante no dia a dia, me motiva. Um acaba motivando o outro durante o treinamento e o América só ganha com isso”, contou o jogador.
Com a classificação à fase de grupos da Libertadores, agora o América espera para conhecer seus próximos adversários na competição. Mas Marlon disse que gosta de desafios e deseja enfrentar grandes equipes. “Eu gosto de desafios. Gostaria de enfrentar grandes times, times que eu via na infância como Boca Juniors. É um sonho jogar no estádio deles. Tem alguns times aí que todos gostariam de pegar. Time grande, seria maravilhoso!", concluiu.
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O sorteio será nesta sexta-feira (25), às 12h, horário de Brasília. O Coelho está no pote 4 junto com Always Ready, Talleres, Independiente Petrolero, Fortaleza, Olímpia, Estudiantes e The Strongest.