O América se manifestou na manhã deste sábado (7) sobre a criação da Liga Brasileira de futebol, batizada de Libra. Na sexta-feira (6), clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro se reuniram e, por meio de nota, fizeram exigências para a assinatura do acordo. Os clubes farão uma contraproposta e uma reunião na sede da CBF, no Rio de Janeiro, na próxima semana poderá selar o acordo.
Por sua vez, o Coelho, em comunicado Oficial publicado no site do clube e também nas redes sociais, criticou a proposta da divisão de receitas entre os 40 times das duas divisões do país.
O América fala em “critérios que nortearão, em bases sustentáveis e justas, o equilíbrio de forças no futuro” para, em outro trecho da nota, criticar o modelo inicialmente adotado para o fatiamento do faturamento: “Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem sucedidos este percentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League, por exemplo. Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes”.
Clubes das séries A e B discutem contraproposta para criação da Liga.
Bases sustentáveis e justas foram discutidas em reunião nessa sexta.
Veja a nota completa em nosso site: https://t.co/zyQSaMMiDq#PraCimaDelesCoelho #SomosVolt pic.twitter.com/W8o65CoeZg
Apesar das ponderações, o América reforça que a criação da Libra entre os 40 clubes brasileiros é uma oportunidade de mudar o futebol no país, mas interesses individuais não podem se sobrepor aos desejos coletivos.
O Coelho ainda enfatiza que o futebol brasileiro não avançará sem o consenso entre os clubes das Séries A e B. “Sabemos que não seria justo buscar igualdade total de receitas, mas sim equanimidade e melhor distribuição”, diz um trecho da nota.
Confira a nota do América na íntegra:
A criação da Liga entre os 40 clubes será a oportunidade de se mudar efetivamente o futebol brasileiro e esse objetivo não pode se subordinar a interesses individuais de alguns, petrificados há décadas na superioridade de recursos. O futebol brasileiro não avançará sem que haja um consenso entre os 40 clubes das séries A e B de que a justa distribuição de receitas gerará maiores oportunidades na disputa.
A maioria dos clubes de futebol integrantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro segue em seu esforço pela criação da Liga de Clubes e, com esse objetivo, se reuniu na tarde desta sexta-feira para discutir os critérios que nortearão, em bases sustentáveis e justas, o equilíbrio de forças no futuro.
Entre os assuntos debatidos, o mais relevante foi a divisão de receitas de forma que contribua de fato para o aprimoramento da competição, tornando menos desiguais as condições de competitividade atuais.
Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem sucedidos este percentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League, por exemplo.
Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes.
Outro ponto a ser aprimorado é a adoção de premissas que não privilegiem pilares de difícil aferição, em especial ao que tange a engajamento. Tais critérios, na visão da maioria dos clubes que participaram da reunião, apenas perpetuam a posição de superioridade de alguns sobre outros, não dando a oportunidade de maior equilíbrio dos campeonatos.
A criação da Liga entre os 40 clubes será a oportunidade de se mudar efetivamente o futebol brasileiro e esse objetivo não pode se subordinar a interesses individuais de alguns, petrificados há décadas na superioridade de recursos. Sabemos que não seria justo buscar igualdade total de receitas, mas sim equanimidade e melhor distribuição.
O futebol brasileiro não avançará sem que haja um consenso entre os 40 clubes das séries A e B de que a justa distribuição de receitas gerará maiores oportunidades na disputa.
SAF
América Futebol Clube