Impacto financeiro

Alexandre Mattos, do Galo, vê cenário desesperador para clubes durante pandemia

A reação é em cadeia; com os bancos em dificuldade, os empréstimos aos times de futebol não saem; perda de patrocinadores também preocupa

Da redação| @supernoticiafm
09/04/20 - 19h12

A crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus já reflete no futebol, que se aproxima de um mês sem partidas. Alexandre Mattos, executivo responsável pelo futebol do Galo, destacou sua preocupação quanto ao tema, apontando, em entrevista à TV Bandeirantes, que o cenário é desesperador. Um desafio não só para o Atlético, mas para todos os clubes do futebol nacional. 

“A situação é desesperadora. Não vou mentir: é desesperadora. Os clubes de futebol do Brasil, e aí não é só o Atlético, você pode colocar até os que hoje estão em um momento financeiro melhor, como Flamengo e Palmeiras, todos necessitam dos bancos para fazer algum tipo de conta garantida, alguma situação de antecipação em cartão de crédito pelo sócio-torcedor”, declarou o dirigente, em entrevista. 

A reação é em cadeia. Com os bancos em dificuldade, os empréstimos aos times de futebol não saem. "Hoje, o cenário é desesperador. Os bancos também estão com cenários de dificuldade. Então, eles próprios estão segurando algumas situações corriqueiras na vida de um clube de futebol”, disse o dirigente alvinegro. 

Mattos também se preocupa com a perda de patrocinadores e a receita gerada por esses apoiadores. O executivo do Galo recordou até os casos de Flamengo e São Paulo, que estão com as cotas da Adidas em atraso. 

“Acho que, infelizmente, se isso se prolongar por muito tempo, é uma coisa natural de acontecer, como publicamente a gente já viu a Adidas, que é uma das grandes fornecedoras esportivas do mundo, atrasando cotas no Flamengo e no São Paulo. Se isso se prorrogar por dois, três, quatro meses, eu tenho muita preocupação com o que vai acontecer nos clubes de futebol do mundo, especialmente os daqui do Brasil”, encerrou o diretor alvinegro. 

O Atlético adiantou-se a diversos clubes de futebol do país e decidiu abaixar o salário de jogadores, comissão técnica e funcionários com salários superiores a R$ 5 mil em 25%. 
 

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