Existem vitórias e vitórias. Contra um São Paulo, então líder do Campeonato Brasileiro, invicto há sete jogos e que só tinha perdido dois jogos em 22, a vitória teve outro gosto, que pode até de dar novos rumos a um Galo de altos e baixos na competição.
Sem apatia, bem mais vibrante que os três últimos jogos e com a torcida cantando do primeiro ao último minuto, o Atlético venceu o tricolor paulista nesta quarta-feira, no Independência, por 1 a 0, se consolidando no G-6, abrindo seis pontos do sétimo colocado e diminuindo para oito a distância para a ponta da tabela.
Foi a primeira vitória atleticana no returno, que dá ao time 38 pontos e a confiança para as partidas finais. Na próxima segunda-feira, recebe o Atlético-PR, no Horto
O discurso de Ricardo Oliveira, tão incisivo na terça-feira, pedindo o apoio da Massa e prometendo empenho, de fato, surtiu efeito. Não foi um futebol brilhante, mas bem mais aguerrido, tal como tinha proposto o Pastor.
O técnico Thiago Larghi, que não tinha confirmado o time anteriormente, surpreendeu de certa forma, sacando Zé Welison e colocando Matheus Galdezani, deixando o time mais ofensivo. Sem Chará, que está na seleção colombiana, o treinador deu vez ao argentino Tomás Andrade que, no fim das contas, quase nada produziu.
Com apenas 8 min, Ricardo Oliveira fez provar que as palavras proferidas. Ele não fez o gol, mas a cabeçada na trave acabou no gol contra de Régis. Assim, de cara, o jogo ganhou outro contorno. Se Diego Aguirre, de volta ao Independência para um jogo contra seu ex-clube, imaginava postar o time no contra-ataque, mas precisou propor o jogo.
O time paulista teve mais volume tanto no primeiro quanto no segundo tempo. Aos 6 min da segundaetapa, o time paulista pediu pênalti numa bola que bateu no braço de Leonardo Silva na área, mas O árbitro Anderson Daronco nada marcou.
Com jogadores da qualidade de Nenê e Reinaldo, ambos perigosos nos arremates de média distância, o São Paulo tomou conta da do jogo, com Victor salvando uma ou outra. Larghi precisou mexer, promovendo a estréia do atacante Leandrinho e reforçando a marcação com Zé Welison, alterações que ajudaram a controlar o ímpeto tricolor até o apito final, mesmo com certo sofrimento.