Reestruturação

De Dudamel a Sampaoli: várias trocas e mudança de perfil no Galo em 2020

Alterações no departamento de futebol do clube continuam a pleno vapor e atingem praticamente todos os setores

Lohanna Lima | @lohanna_lima
26/03/20 - 09h43

Na maioria das vezes, as demissões do técnico e do diretor de futebol são as mudanças que mais ficam em evidência em um clube. No entanto, chegadas e saídas mexem muito também com a comissão técnica, e o Atlético é um grande exemplo disso nesta temporada, já que passou por constantes e significativas alterações tanto na chegada de Rafael Duadamel como agora com Jorge Sampaoli no comando.

Ao chegar ao Atlético, Dudamel trouxe com ele quatro homens de confiança: o auxiliar técnico Marcos Matias, o analista de desempenho Rodrigo Piñon, o preparador físico Joseph Cañas e o coach motivacional Jeremias Alvarez. A partir daí, começaram as primeiras mudanças na estrutura do corpo técnico.

Logo que o venezuelano foi anunciado, o Atlético informou que o ex-volante Adilson não seguiria na vaga da comissão permanente e demitiu o então coordenador de preparação física do clube, Daniel Félix, que foi contratado pouco mais de seis meses antes para desempenhar a função no Galo. Também saíram o analista Fillipe Rayol, a psicóloga Michelle Rios e o fisioterapeuta Rômulo Frank. Lucas Gonçalves, que foi auxiliar de Rodrigo Santana em 2019, voltou para a análise de desempenho, função que Fred Fortes também passou a fazer no clube. 

O desligamento de Michelle Rios, que iniciou o trabalho na base e depois assumiu o profissional quando o time era comandado por Thiago Larghi, é um dos mais curiosos. A psicologia no futebol enfrenta uma grande resistência em várias frentes nos clubes de uma forma geral. No entanto, Michelle vinha conseguindo desenvolver um bom trabalho e tinha o respeito e a admiração de vários atletas do elenco atleticano. O Atlético não confirma, mas, segundo pessoas ligadas ao clube, o principal motivo da saída da psicóloga foi a dificuldade de alinhar o trabalho com o coach motivacional Jeremias Alvarez, já que a comissão técnica de Dudamel era extremamente fechada.

Mudanças mais profundas. Com a queda de Dudamel, mudanças ainda mais profundas foram feitas na comissão alvinegra. O diretor de futebol Rui Costa deu lugar a Alexandre Mattos, e o então gerente de futebol Marques Batista de Abreu saiu para a chegada de Gabriel Andreatta, braço direito de Sampaoli. Com o técnico argentino, chegaram o auxiliar Jorge Alberto Désio e os preparadores físicos Pablo Fernandez e Marcos Fernandez, representando mais trocas na preparação física em curto espaço de tempo.

Deixaram o clube o auxiliar James Freitas, que comandou o time até que Sampaoli pudesse assumir a equipe, o preparador de goleiros Chiquinho, que foi substituído por Rogério Maia, o observador técnico Bernardo Mota, o analista de mercado Neguete e os seguranças Jorginho e Lúcio, que estavam no clube há cerca de 20 anos.

Ex-Palmeiras. A alteração mais recente no Atlético é a contratação do analista de desempenho Gustavo Nicoline, que estava no Palmeiras. Na noite de quarta-feira (25), a assessoria atleticana confirmou a informação antecipada pelo Super FC. Nicoline, que estava no Palmeiras desde 2005 e foi indicado por Alexandre Mattos, vai coordenar o setor no Galo.

Com isso, Lucas Gonçalves voltará a ocupar o posto de auxiliar de campo, que foi exercida por ele no fim da temporada passada, quando o Atlético teve Rodrigo Santana e Vagner Mancini à frente do comando técnico da equipe. Atualmente, a análise de desempenho do Atlético conta com Fred Fortes, funcionário do clube, e Diogo Meschine, que estava no Santos e foi pedido por Sampaoli.

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