“Foi campeão de quê?” A frase, em tom de brincadeira, provocação ou ironia é comumente usada por jogadores para impressionar um oponente momentâneo. Torcedores também costumam recorrer à “máxima” para avaliar a importância de um atleta para determinado clube. Mas, afinal, como se mede um ídolo de um time? Aquele que fez mais gols? O que ganhou mais títulos? Quem mais vezes vestiu a camisa? Quem fez a defesa mais emblemática?
Não! Não há regra para se determinar aquela figura que marcou gerações e acabou se tornando "imortal". Não é número! É subjetivo, idiossincrático! Apesar disso, embora soe contraditório (não é número, é subjetivo, idiossincrático), o SuperFC aproveitou este 25 de março, data em que o Atlético comemora 112 anos de fundação, para fazer uma enquete e perguntar aos torcedores alvinegros quem foi o maior ídolo da história do Galo.
Opções não faltaram em mais de um século de vida, e os atleticanos que toparam participar da brincadeira escolheram José Reinaldo de Lima, o Rei, como principal expoente da trajetória do Atlético desde o nascimento do clube. O eterno dono da camisa 9 preta e branca teve 45% dos votos. No Galo, de 1973 a 1985, conquistou apenas títulos regionais. Por seu talento, mereceria mais, muito mais. Contudo, quem disse que futebol é justo? E daí? Ele é o Rei dos atleticanos.
Para os alvinegros, Ronaldinho Gaúcho ocupa o segundo lugar no coração do torcedor. Não menos genial do que seu antecessor, o camisa 10 foi o escolhido por 40% dos torcedores que participaram da votação. Enquanto Reinado brilhou intensamente por 12 anos no time de Lourdes, coube ao gaúcho de Porto Alegre, entre 2012 a 2014, dar a maior alegria à Massa, ao comandar a conquista da Copa Libertadores, em 2013, principal título atleticano em 112 anos.
Reinaldo, Ronaldo, pouca importa. Ambos foram excepcionais e têm seus nomes cravados na história do futebol do Brasil, do mundo e do Atlético. Foram gênios com os pés e, ironicamente, com o pé, alguém acostumado a trabalhar com as mãos, também entrou para a galeria de ídolos de uma torcida composta por milihões de pessoas. Mesmo com 5%, não somente ídolo, mas “santo”. Com seu milagre em 2013, ao chutar para longe o pênalti batido por Riascos, do Tijuana, aos 48 do segundo tempo, Victor manteve vivo o sonho de conquistar a América, que se tornou realidade, quatro partidas depois.