Enquanto treina na Cidade do Galo à espera da abertura da janela de transferências, Cristian Pavón também aguarda uma resolução da Conmebol. Punido em 2021 por uma confusão após eliminação na Libertadores, ele teria ainda que cumprir os seis jogos de gancho, mas a defesa do jogador espera que isso não aconteça.
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Pavón entrou com uma petição na Conmebol. O Tempo Sports conversou com Gustavo Nogueira Mendes, advogado brasileiro do jogador, que entrou com o pedido de reavaliação da pena, considerando que o atleta já foi punido quando não entrou em campo pelo Boca Juniors no primeiro semestre, pela Libertadores.
A pena do atacante - e de outros jogadores do Boca Juniors, além de dirigentes -, saiu em outubro de 2021. Como a equipe xeneize já havia sido eliminada da competição, pelo próprio Atlético, o gancho só poderia ser cumprido nesta temporada. Sabendo que Pavón não renovaria o contrato, Boca não o inscreveu no torneio e, com isso, ele não pôde cumprir a pena.
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O que a defesa do atacante alega é que ao não ser inscrito pelo clube argentino, Pavón acabou cumprindo a suspensão, já que não entrou em campo pela Libertadores, mesmo sendo jogador da equipe. Das 50 vagas que o Boca Juniors tinha para inscrever atletas, usou apenas 45.
“Tem que observar os princípios gerais de direito, como justiça e equidade. Baseado nisso, ele já cumpriu a pena. Por mais que ele não tenha sido registrado, ele tinha vínculo com o clube e foi impedido de jogar por uma punição do clube. Que justiça e equidade são essas que os outros jogadores punidos, colegas de trabalho dele, já cumpriram a pena e ele não?”, disse o advogado ao O Tempo Sports.
Um dos jogadores citados por Gustavo é Sebastian Villa, que também estava envolvido na confusão, recebeu a mesma pena que Pavón, mas foi registrado pelo Boca no início da Libertadores 2022. Com isso, teve os seis jogos de gancho cumpridos na fase de grupos e pôde disputar as oitavas de final pelo Boca - e foi eliminado, nos pênaltis, pelo Corinthians.
Com a petição já enviada, a expectativa é de que a Conmebol decida nas próximas semanas o que será feito. A defesa de Pavón espera, a princípio, que a entidade reconheça que a pena já foi cumprida e o jogador possa entrar em campo pelo Galo já nas quartas de final da Libertadores contra o Palmeiras, em agosto. Caso isso não aconteça, outros pedidos também foram feitos.
“Que essa pena, então, seja transformada em uma prestação de serviço comunitário através do futebol. Mantém a pena, mas substitui as partidas pelo serviço. Se ainda assim não for atendido, a gente pede a suspensão parcial da pena. Por exemplo, ele paga duas partidas e as outras quatro ficam ‘congeladas’, para, caso ele tenha outra infração disciplinar, ela volte a ativa”, explicou o advogado.