Na segunda edição do Galo Business Day, nesta quinta-feira (5), o evento realizado pelo Atlético para trazer mais transparência nas finanças, o clube oficializou a dívida de R$1,312 bilhão, com base no ano de 2021. O superávit foi de cerca de R$101 milhões. Já em 2022, porém, o clube conseguiu diminuir os débitos e, segundo relatório, chegou a R$1,184 bi.
Com apresentação do diretor de comunicação do clube André Lamounier, presença do presidente Sérgio Coelho e do CEO do clube Bruno Muzzi, o Galo apresentou detalhes das contas do clube referentes ao ano de 2021. Paulo Braz, diretor financeiro, foi o resposável por falar da receita.
“Quando nós olhamos, de fato, a questão da pressão de caixa e tiramos a negociação que fizemos de R$77 milhões, transformando em espaço publicitário (dívida com Ricardo Guimarães), esse endividamento cai para R$1,235 bi. O evento subsequente, que foi a negociação que fizemos com o estado, teve uma redução de mais de R$51 milhões”, disse Paulo Braz.
Em abril de 2022, o Atlético desistiu do PROFUT (apenas da modalidade PGFN não previdenciários) e desistiu da Transação Tributária Excepcional (débitos previdenciários e não previdenciários), aderida em dezembro de 2020. Isso também gerou uma redução da dívida tributária de R$ 51.414.
No evento do ano passado, o Atlético divulgou a dívida que havia chegado na casa do bilhão pela primeira vez. Naquela época, a dívida era de R$1,209 bilhão, com base no ano de 2020. Antes, em 2019, a dívida atleticana era de R$ 747 milhões.
A receita do clube aumentou. Em 2020 foi de R$137 milhões, enquanto em 2021 foi de R$505 milhões.A boa fase da equipe profissional masculina na temporada passada ajudou o Galo também na parte das finanças. As premiações por vencer competições e até a venda de jogadores foram importantes para o clube alvinegro.
Perfil da dívida
A dívida do Clube é composta por 4 grupos principais, sendo:
1) 38% - onerosa: provenientes especialmente de dívidas bancárias e obrigações trabalhistas e sociais;
2) 36% - não onerosa: oriundas do empréstimos dos apoiadores e investimento em atletas;
3) 21% - profut/parcelamento de impostos: programas de refinanciamento de dívidas fiscais;
4) 5% - receitas antecipadas: Referem-se, principalmente, à antecipação de receitas de patrocínios a partir das renegociação da dívidas com a Família Guimarães.