A diretoria do Atlético está insatisfeita com a Federação Mineira de Futebol e com o Mineirão. Pelo menos foi o que demonstrou o diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano, em entrevista à rádio da Massa, na manhã desta terça-feira (29). 

O dirigente alvinegro reclamou de duas questões envolvendo federação e estádio. Sobre a FMF, Caetano afirmou não estar satisfeito com o fato do Galo não ter nenhuma vantagem, definida no regulamento, em relação ao Cruzeiro, na final do Campeonato Mineiro.

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“Não controlamos esse regulamento esdrúxulo da federação mineira que deve estar feliz essa semana por tirar a vantagem daquele clube que, dentro do campo, conquistou a primeira posição e ele simplesmente extinguiram. Tiveram a ideia, não sei de quem partiu, mas foram 11 clubes contra o Galo no arbitral, em relação às duas finais (tornar jogo único). Abdicaram também de duas receitas. Para uma dividida. É inacreditável isso. Quando a gente comenta com os outros clubes, dos outros estados, ninguém crê. Como um clube primeiro lugar na classificação geral, a vantagem é zero. A pessoa que deu essa ideia deveria vir a público explicar”, reclamou o diretor. 

Caetano ainda alfinetou a postura do Mineirão, que não vai poder receber jogos de Atlético, contra o Brasiliense, e Cruzeiro, com o Remo, pela 3ª fase da Copa do Brasil. O estádio vai receber shows musicais nas datas das partidas e, por isso, não consegue atender a demanda dos clubes. 

“Eu lamento o Mineirão. O Galo desde o ano passado vem sustentando o Mineirão. A verdade é essa. Sustentando e investindo no gramado, que estava péssimo de qualidade. Eles tinham que, agora que retornou ao público, dar prioridade ao Galo. Eu tenho que me preocupar com o que controlo”, disse o dirigente. 

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Além disso, Caetano afirmou que o Galo contribuiu para ajudar o Mineirão a melhorar o gramado no ano passado.

"Tivemos que fazer uma força tarefa ano passado pra que tivéssemos uma melhoria do gramado, que estava em péssimas condições. Lembremos algumas vezes que estava prejudicando nossa equipe. E aí entra a conta: o que é mais prejudicial? Aportar recurso pra melhorar ou jogar no gramado ruim? Então, a gente encara como investimento, não como prejuízo", afirmou.

Em nota, o Mineirão desmentiu que o Atlético tenha feito qualquer tipo de contribuição para ajudar a melhorar o gramado. Confira a nota na íntegra:

"O Mineirão nega que houve qualquer investimento direto por parte do Atlético para a reforma do gramado do estádio no ano passado, ao contrário do que disse o diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano, em entrevista à Rádio da Massa nesta terça-feira (29).

O trabalho de conservação do gramado do Gigante da Pampulha é realizado periodicamente pela empresa Greenleaf, contratada exclusivamente pelo Mineirão. Os valores de conservação fazem parte dos custos, rateados pelos clubes mandantes, para a realização das partidas. Não houve qualquer reforma além do trabalho de manutenção regular da temporada, com exceção de um plantio de sementes, custeados pelo Mineirão após pedido da Conmebol.

Vale lembrar que 2021 foi o ano com o maior número de jogos do Mineirão desde a reforma, em 2013. O estádio recebeu 61 partidas, com mandos de campo de Atlético e Cruzeiro. O número excessivo de jogos se deu por conta do calendário emendados das temporadas 2020 e 2021, reflexo da interrupção das atividades esportivas por conta da pandemia de Covid-19".