Covid-19

'Teria prioridades mais importantes do que nós para tomar a vacina', afirma Cuca

Técnico do Atlético ficou numa saia justa ao falar sobre a vacinação contra a Covid-19 oferecida pela Conmebol. Clube confirma que irá aceitar a oferta, mas que não foi comunicado sobre o tema

Igor Veiga| @otempo
08/05/21 - 19h54

Durante a entrevista coletiva deste sábado (8), após o jogo pela seminfinal do Mineiro, no Mineirão, o técnico Cuca ficou numa saia justa ao ser indagado pelos jornalistas sobre a vacinação contra a Covid-19 oferecida pela Conmebol a todos os atletas que disputam os torneios organizados pela entidade, que recebeu uma doação de 50 mil doses do imunizante da chinesa Sinovac.

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"É um tema importante e delicado. Eu, sinceramente, se eu pudesse abrir mão da vacina para dar para alguém esteja numa condição que tem uma necessidade maior que a minha, eu abriria mão. Acho que todos nós aqui do clube e do futebol abririam", disse o técnico.

Por fim, Cuca deixou claro ser contra qualquer tipo de privilégio dado aos atletas. "A gente não manda né, nós obedecemos. Corremos um risco maior por estar sempre em avião cheio, estar sempre se deslocando de um lado para o outro, mas eu acho que teria prioridades mais importantes do que nós para tomar vacina", declarou Cuca.

Vale lembrar que Cuca teve a Covid-19, no ano passado, ainda quando dirigia a equipe do Santos. Nesta semana, a mãe dele, Nilde Stival, deixou o hospital após travar uma batalha de mais de 70 dias contra o coronavírus. Ela chegou a passar dois meses intubada.

Posicionamento do Galo

Em contato com a assessoria de imprensa, o Atlético declarou ser favorável a oferta da vacina feita pela Conmebol, e antecipou que vai aceitá-la. "É uma oferta da Conmebol, que não tem nada de incorreta ou reprovável. Não são vacinas desviadas de outra finalidade", justificou o clube.

Ainda segundo a assessoria, o Galo não recebeu nenhum comunicado da Conmebol sobre o assunto ainda.

Nesta semana, os atletas do Atlético-GO, que disputam a Copa Sul-Americana, foram os primeiros de um time brasileiro a receber a vacina da Sinovac oferecida pela Conmebol. Eles foram imunizados na sede da entidade, no Paraguai, antes da partida contra o Libertad.

"Quem fala em furar fila é sensacionalista. Nós somos pessoas que não transmitiremos mais o vírus. A nossa vacina estava no Paraguai, não gastamos um centavo do governo brasileiro. Furamos fila para irresponsável, para quem quer jogar para a galera. Apenas aceitamos uma vacina que não é do governo brasileiro, então não furamos fila. Não ia resolver problema nenhum da fila da vacina no Brasil", disse o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, em entrevista à Rádio Sagres 730.

 

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