Imagine a sucessão de fatos em um gol anulado pelo VAR. Alguém estufa as redes, há uma reação logo seguida, uma revisão do que aconteceu e, enfim, o martelo é batido. Similar a uma análise do árbitro de vídeo, que provoca todos esses processos, o Atlético foi de um acerto com o meia Thiago Neves à desistência da contratação em poucas horas. 

Para organizar o que foi a tumultuada noite atleticana nessa segunda (14), o Super.FC elencou pontos importantes de toda essa história para formular uma linha do tempo do caso Thiago Neves. O meia esteve no Cruzeiro até o ano passado e foi um dos ícones da queda da equipe para a Série B, além de ter um passado recheado de provocações ao Atlético. 

Sampaoli quis. O Grêmio anunciou a rescisão consensual com o meia nessa quarta, data do desenrolar dos fatos. O desejo do Atlético em contar com o jogador, porém, já vem de alguns dias, especialmente por um pedido de Jorge Sampaoli. O treinador do Galo não esconde que quer mais reforços e um setor que precisa de peças é o meio-campo.   

Risco no horizonte. Não é necessário nenhum esforço para saber que 'Thiago Neves no Atlético' seria algo polêmico. O jogador não só defendeu o rival Cruzeiro, como colecionou provocações ao Galo quando defendia a Raposa. A diretoria do Atlético, diante do pedido de Sampaoli, sabia do risco de persistir com uma negociação. E persistiu. 

Alô, TN. O meia está no Rio de Janeiro desde que foi liberado pelo Grêmio. O Galo fez contato com Thiago Neves demonstrando interesse, mesmo sabendo de tudo que isso poderia causar. O Galo decidiu arriscar.  

O sim. Thiago Neves sinalizou positivamente para o acerto com o Atlético e tudo estava bem encaminhado. O jogador, inclusive, viria para Belo Horizonte ainda nesta semana para finalizar as questões mais burocráticas. Veio, então, a reação.

Não nevou, pegou fogo. Assim que explodiu a notícia de que o Galo tinha acerto encaminhado com Thiago Neves, a torcida do Atlético foi à loucura. O passado do jogador com a camisa do Cruzeiro e as provocações à torcida do Galo durante a passagem foram determinantes para a reação. Nas redes sociais, torcedores enfurecidos reprovaram a contratação. Até a Galoucura, maior torcida organizada do clube, publicou um posicionamento em desacordo com o acerto.

De volta ao Galo. Atento à reação da torcida, a diretoria do Atlético passou a discutir se persistiria ou não com o acerto. Nos bastidores do Galo, havia duas opções: ceder à pressão ou realizar o desejo de Sampaoli. 

Decisão. Depois de 'analisar o VAR' com mais calma, o Atlético decidiu não contratar mais o meia Thiago Neves. A rejeição da torcida poderia criar um clima muito desconfortável e que o clube, definitivamente, não queria. O martelo foi batido, e o meia foi comunicado da desistência.

Alô, Lagoa Santa. Em casa, de folga, o técnico Jorge Sampaoli foi comunicado da decisão da diretoria do Atlético. O treinador entendeu todo o contexto, apesar de acreditar que era dever do Galo ter considerado todo esse contexto antes mesmo de decidir persistir com a negociação. Apesar da noite tumultuada, técnico e diretoria não tiveram nenhum atrito.

Olho no mercado. Segundo apurou o Super.FC, o treinador já pensa em outros nomes para o mercado do Atlético. A janela de transferências internacionais será aberta em 13 de outubro, quando jogadores de clubes do exterior poderão ser registrados. Por enquanto, segue aquecido o que oferece o mercado nacional.