Três a cada quatro torcedores desaprovam chegada de Mancini, aponta enquete
Boa relação com diretor Rui Costa e acordo por período "tampão" facilitaram acerto
Dez horas depois de demitir Rodrigo Santana, o Atlético anunciou Vagner Mancini como técnico para o restante da temporada. A escolha do novo treinador foi até rápida para uma diretoria que, antes de a bola rolar no último domingo à noite, no Horto, não tinha a intenção de trocar o comando técnico.
O revés de 4 a 1 para o Grêmio e o clima de insatisfação do torcedor nas arquibancadas foram determinantes para a saída de Santana, que nem concedeu entrevista. E se o atleticano dormiu sonhando com os nomes de Cuca, Odair Hellmann e Felipão, acabou surpreendido com a escolha de Mancini. A contratação não agradou, segundo enquete promovida pelo Super FC nessa segunda-feira. Setenta e cinco por cento desaprovaram a chegada do treinador.
Embora nem o diretor Rui Costa nem o presidente Sérgio Sette Câmara tenham dado entrevista ontem para listar os motivos, a opção pelo treinador tem duas explicações básicas. A primeira delas é pelo fato de Mancini aceitar a condição de treinador tampão, com contrato até o fim da temporada, ou seja, apenas 13 jogos. O Atlético vai procurar um outro nome para 2020, salvo um rendimento além do normal de Mancini.
O segundo motivo é a relação de Rui Costa com o treinador. Os dois trabalharam juntos na reestruturação da Chapecoense logo após o acidente que vitimou quase toda a delegação da equipe catarinense, em novembro de 2016. Eles tiveram um desentendimento em Chapecó, mas se acertaram.
Respaldo
Para o zagueiro Réver, capitão da equipe, nada impede Mancini de fazer um bom trabalho e permanecer no clube. “Ele chega, a princípio, por três meses, mas tudo pode mudar, dependendo da performance que ele tiver aqui no clube. Lógico que essa mudança constante de treinador não faz bem a ninguém e aqui não vai ser diferente. Nós jogadores temos que comprar a ideia do treinador que estiver aqui”, analisou o defensor.
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