Após quatro anos, o atacante Hulk já é considerado um dos maiores ídolos da história do Atlético. A trajetória até aqui, repleta de gols e títulos, não começou da maneira como o atacante imaginava. Nos primeiros meses de adaptação no Galo, o camisa sete encontrou algumas dificuldades, mas não desistiu até alcançar o status que possui hoje no clube.

Foi o que revelou Rodrigo Caetano, atual Coordenador de seleções na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ex-Diretor de Futebol do Atlético em uma entrevista ao Charla Podcast nesta semana. 

“Ele é um dos jogadores mais importantes com os quais trabalhei. Eu chego no Atlético naquele ano que o campeonato termina no ano seguinte, nove rodadas por causa da pandemia. O Hulk não podia jogar, tinha terminado o contrato na China e conseguimos contratar por volta do final de janeiro. Ele só estreou em março. Ele pagou o preço de uma adaptação, não começou muito bem. Mas ele é um cara que se cobra demais. É um absurdo. Por vezes tive que acalma-lo, dizer que era natural, Tornou-se um grande amigo que tenho uma admiração profunda”, contou Caetano.

Para Rodrigo, a contratação de Hulk iniciou um processo no Atlético que trouxe outros grandes jogadores. Em 2021, esse movimento culminou nos títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. “O Hulk casou perfeitamente. Foi a primeira contratação de um time que já estava bem montado. Depois trouxemos o Nacho, que casou mais ainda”, contou.

O dirigente também destacou a ética de trabalho de Hulk, que o faz render em alto nível até hoje, quando já tem 38 anos. “Hulk é meu amigo pessoal até hoje. Hoje, um atleta aumentou muito seu período de atividade; a longevidade da profissão depende muito do cuidado prévio. Uma vez ouvi que um atleta de futebol é igual a um carro: se você não fizer a revisão, ele não vai chegar a 100 mil km. Agora, eles fazem isso regularmente. É igual ao corpo de um atleta. Se ele tiver disciplina, ele vai além. E o Hulk é esse caso”, contou. 

Rodrigo Caetano foi anunciado pelo Atlético em 6 de janeiro de 2021, após a saída de Alexandre Mattos do cargo. Ele terminou sua passagem em fevereiro de 2024, com sete títulos conquistados. Foram quatro Campeonatos Mineiros (2021 a 2024), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022).