Mesmo que as campanhas nas Copas tragam a sensação de que o Cruzeiro vem fazendo uma temporada de encher os olhos, os números apontam para oscilações que não deveriam existir em um elenco tão badalado.

Nos 20 jogos que o time disputou no pós-Copa do Mundo, foram seis vitórias conquistadas, oito empates e seis derrotas. Um aproveitamento de 43,3%, praticamente similar ao que o time vem executando no Brasileiro, com 34 pontos em 25 jogos (rendimento de 45,3%).

Dessas seis vitórias, três foram registradas em competições mata-mata. Resultados importantes e que mostraram a capacidade do time quando confrontado.

No entanto, na grande parte da temporada, certa morosidade é perceptível. Algo que é proveniente das constantes mudanças no elenco para suportar o choque das disputas, acarretando no desmantelamento tático do time.

“É bastante desigual para certos adversários. Vamos jogar contra o Santos. Eles tiveram seu último jogo quando? O Santos teve todo um período de boa preparação, recuperação de atletas”, analisa o técnico Mano Menezes.

“É natural que você ao trocar 11 jogadores tenha uma dificuldade maior contra o adversário do outro lado. Se com o time que as pessoas consideram titular, nós tivemos dificuldade até mesmo dentro da nossa casa, é natural com outras formações”, completa o comandante.

No Brasileiro, o time tem números curiosos. Desde a virada do turno, o time não sabe o que é uma derrota. Porém, em sete partidas, apenas uma vitória caiu na conta celeste, o triunfo sobre o Fluminense por 2 a 1. Nos últimos quatro jogos, o time acumula quatro empates. Há também de se pontuar que erros de arbitragem interferiram nos resultados da Raposa.

O termo regular poderia ser enquadrado à Raposa, mas a confiança aparentada pelo grupo contrapõe-se aos números. Uma faca de dois gumes que o torcedor observa e confia por saber que este time tem o potencial de ser muito mais do que é.

“O sentimento de confiança ele não vem do nada. Vem de coisas palpáveis, principalmente para os jogadores. Eles são os que entram em campo e sentem as diferenças de uma equipe para outra e enxergam as soluções que precisam encontrar. Esse sentimento vem daí”, sentencia o treinador, plenamente confiante no grupo que possui.