Pela segunda vez na história, o clássico entre Atlético e Cruzeiro terá um duelo de técnicos estrangeiros. No próximo domingo (6), 'El Turco' Mohamed, pelo lado alvinegro, e Paulo Pezzolano, pelo lado celeste, levarão a campo suas metodologias de jogo embaladas por duas escolas tradicionais do futebol mundial: argentina e uruguaia, com passagens por outros importantes centros, como o mexicano e europeu. 

Esta não será a primeira vez que os dois treinadores farão um embate. No México, quando comandavam Monterrey e Pachuca, Mohamed e Pezzolano, respectivamente, se enfrentaram. O jogo aconteceu pela 10ª rodada do Apertura mexicano, no dia 14 de setembro de 2020, e o jogo terminou empatado em 1 a 1. 

Diferentemente desse confronto no México, Paulo Pezzolano não estará na beira do campo neste domingo (6). O uruguaio está suspenso e terá o auxiliar Martín Varini como substituto. Outra situação diferente em relação ao jogo no México, desta vez, o jogo será com torcida. O 1 a 1 entre Monterrey e Pachuca não teve público devido à pandemia. Apesar da ausência, Pezzolano comentou sobre a possibilidade de voltar a enfrentar um técnico experiente como Antonio Mohamed. 

"Jogamos contra Mohamed no México só um jogo e empatamos. Ele estava no Monterrey e eu no Pachuca. Vai ser um jogo bom. Ele é um treinador que já me conhece um pouco. É muito inteligente, um treinador top, já esteve na Europa. Vai ser um jogo muito bom. Dois times que vão buscar ganhar o jogo", disse o comandante celeste. 

No futebol mexicano, Antonio Mohamed teve melhor sorte. Ele conquistou a Liga MX (Apertura), em 2019, além da Copa México (Apertura), em 2017, e 2019-2020. O comandante atleticano já tinha também levantado taças no futebol mexicano à frente do Tijuana (Liga MX 2012 Apertura) e América (Liga MX 2014 Apertura). Treinando o Pachuca entre 2019 e 2021, Paulo Pezzolano esteve no comando em 72 jogos, com 24 vitórias, 23 empates e 25 derrotas.

 

Com dezenove pontos, ambos os times disputam a liderança do Campeonato Mineiro e apresentam estilos de jogos que pregam a ofensividade e intensidade. Pezzolano destacou o que espera em termos táticos do Cruzeiro, um time que estará comprometido na manutenção de sua estrutura de jogo apesar da grande fase atleticana. 

"Nós cremos num modelo de jogo, cremos que é o caminho correto para ganhar e melhorar. Temos que saber que o Cruzeiro segue em construção. Ganhando, empatando ou perdendo seguimos em construção. Nós vamos seguir melhorando o que estamos fazendo. Por momentos de jogo, vai levar o nosso time que tem qualidade para o bloco baixo, temos que saber jogar em bloco baixo também, por causa da qualidade do rival. Vamos tentar fazer o que trabalhamos na semana, ser um time intenso sempre. Mas tem que ter precaução também, é um jogo diferente. Seguir crescendo nisso. Se algum jogo no Brasileiro, ainda não estamos pensando no Brasileiro, mas se tiver um jogo que o time vier para frente, temos que saber jogar no bloco baixo, melhorar isso. Fará parte do crescimento da equipe e isso é o mais importante", definiu Pezzolano. 

A única vez em que Galo e Raposa se enfrentaram sob a batuta de técnicos estrangeiros foi em 1955. Pelo lado do Atlético, o treinador era Ricardo Diéz, responsável por levar o clube alvinegro ao título de “campeão do gelo”. No Cruzeiro, o técnico era o argentino Filpo Núñez. O Atlético venceu aquele clássico por 2 a 1.