Antes mesmo das 9h, o movimento de torcedores do Cruzeiro nos arredores do Mineirão já era intenso. O time enfrenta o Sampaio Corrêa às 11h pela Série B do Brasileiro.
O captador de imóveis Vitor Daniel, de 19 anos, trouxe o irmão Cleiton, de apenas 4 anos, para assistir a um jogo do Cruzeiro pela primeira vez.
E antes mesmo de entrar no estádio, o pequeno ganhou um adereço especial: o chapéu do Raposão. "Resolvi trazer ele desta vez. Estou esperançoso demais. Com a torcida empurrando, vai dar tudo certo", afirmou Vítor.
Para V[itor, a escolha de Pezzolano pelo Cruzeiro foi acertada. "É o melhor técnico que já tivemos nos últimos tempos", acrescentou ele, demonstrando confiança: "Hoje é 2 a 0 e liderança isolada mais uma vez", cravou.
Com o jogo sendo disputado no domingo pela manhã, era grande o número de famílias levando crianças. Até por isso o chapéu do Raposão, vendido por valores entre R$ 30 a R$ 35, foi um dos mais procurados.
O Operador de máquinas Edgar Neves, de 30 anos, também comprou o chapéu do Raposão para a filha Marjorie Emanuele, outra que vai "estrear" no Mineirão.
A família, que mora em Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, percorreu 500km para poder prestigiar o Cruzeiro. "Saímos de lá ontem às 22h. Chegamos hoje cedo. Tudo no intuito de tentar ajudar a levar o Cruzeiro de volta pra onde nunca deveria ter saído".
Ao lado do pessoal da caravana Itamarazero, ao ser perguntado se valia todo o esforço, Edgar respondeu, bem humorado: "se voltar com os três pontos, vale mais ainda".
Vendas
A artesã Sílvia Cristina, de 45 anos, vendia um modelo do chapéu do Raposão com valor de R$ 15. Para ela, o horário do jogo ajuda bastante.
"Tá bom demais. Jogo de 11h é matinê. Pra gente que trabalha com produto infantil é sensacional. As famílias trazem as crianças. Não sabe como isso ajuda a gente. Esse horário é ótimo", afirmou Sílvia, que vende adereços do Cruzeiro em dias de jogo desde 2010.