Série B

Cruzeiro terá pesadelo que precisa ser encarado em 2020

Clube celeste terá que se adaptar a uma nova rotina com jogos em dias atípicos e longas viagens

Torcida celeste precisará se acostumar com jogos de menor expressão em 2020 | Foto: Vinnicius Silva - Cruzeiro
Felippe Drummond Neto| @supernoticiafm
15/12/19 - 06h00

Como será a Série B do Campeonato Brasileiro em 2020? Para o Cruzeiro, um pesadelo que precisa ser encarado com muita serenidade e planejamento. Haverá uma logística nova e muito diferente daquelas às quais o clube está acostumado, em função de deslocamentos frequentes, especialmente, para o Sul e o Nordeste do país.

Com o rebaixamento para a segunda divisão nacional, o clube celeste terá que se adaptar a uma nova realidade, que vai muito além do lado financeiro. Além do prejuízo nos cofres com a receita em baixa, a Raposa terá mudanças drásticas em relação ao calendário, aos rivais e ainda terá que fazer viagens com longas distâncias. 

Para começar, as adaptações que o Cruzeiro precisará fazer em sua forma de trabalhar incluem o calendário de jogos da Série B, que, na maioria das vezes, é montado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em dias em que não há jogos da primeira divisão. Com isso, é comum as rodadas serem disputadas com partidas nas sextas, segundas e terças-feiras. Porém, também há jogos marcados para as quintas-feiras e os sábados. 

E se engana quem pensa que na Série B não haverá rivalidade para o time cinco estrelas. Com a permanência do América, que desperdiçou a oportunidade do acesso à elite na última rodada da competição deste ano, Raposa e Coelho se enfrentarão duas vezes pelo torneio nacional. Não apenas isso. A presença de um grande clube do futebol brasileiro na segunda divisão faz com que times de menor expressão encarem os confrontos com uma motivação especial para tentar aprontar. 

Nostalgia. Para torcedores mais velhos, a Série B servirá ainda para um reencontro com clubes que eram acostumados a jogar a elite nacional, mas que há alguns anos amargam o calvário de transitar por outras divisões, como são os casos de Guarani, campeão brasileiro em 1978, Paraná Clube, Ponte Preta, Vitória, Figueirense, Náutico e Juventude.

Viagens. Uma das adaptações que serão necessárias para o Cruzeiro em seu planejamento para a próxima temporada na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro é em relação às longas viagens que a delegação terá que fazer. Os deslocamentos pelas regiões do país afora, apesar de já fazerem parte do cronograma de qualquer grande clube brasileiro, na segunda divisão acontecem com uma frequência maior. Afinal de contas, o Cruzeiro vai enfrentar sete clubes da região Sul do Brasil, seis do Nordeste e uma do Centro-Oeste, além de cinco adversários do Sudeste brasileiro. 

Cuiabá. Porém, quatro adversários da Série B, em especial, exigirão um trecho maior de deslocamento da delegação do Cruzeiro no próximo ano. Um deles é o Cuiabá, do Mato Grosso, cuja capital fica a 1.573 km de distância de Belo Horizonte. Já o time do Confiança, recém-promovido para a Série B do Brasileiro, exigirá da Raposa o planejamento para uma longa viagem da capital mineira para Aracaju, no total de 1.624 km. Adversário celeste na primeira divisão deste ano, o time do CSA novamente exigirá um deslocamento de 1.880 km de Belo Horizonte até Maceió. 

Maranhão. Mas nenhuma viagem será tão longa como a que o time celeste tiver que enfrentar o Sampaio Correia, em São Luís, no Maranhão, que fica a 2.716 km de Belo Horizonte. Um planejamento que o Cruzeiro irá traçar para entrar preparado para o retorno à elite.

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