O Cruzeiro iniciou o ano de 2022 com grandes mudanças, após o anúncio da compra da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Ronaldo adquiriu 90% das ações clube mineiro, e a primeira grande mudança realizada pela nova gestão foi a troca do comando técnico. Com isso, Vanderlei Luxemburgo deixou à Toca da Raposa e o uruguaio Paulo Pezzolano foi anunciado como o novo comandante celeste.
Desconhecido por grande parte da torcida, e até mesmo da imprensa, Paulo César Pezzolano Suárez, deixou o Pachuca, do México, para aceitar o desafio de colocar o Cruzeiro de volta à elite do futebol brasileiro. Esse seria, até então, o maior desafio de sua curta carreira como treinador. Vale destacar que Pezzolano já era amigo de Paulo André, diretor de estratégias da Raposa, com que jogou no Athletico-PR entre 2005 e 2006.
O primeiro desafio de Papa Pezzolano foi o Campeonato Mineiro. E com o que tinha em mãos, o uruguaio, de 39 anos, conseguiu classificar a Raposa para a final do Estadual depois de três anos. O título acabou ficando nas mãos do Atlético, mas o torcedor começou a acreditar que o trabalho do treinador daria certo.
A famosa “intensidade” que Pezzolano cobra de seus jogadores, foi visível dentro de campo. Os atletas se entregaram ao máximo, além de “comprarem” a ideia de treinador, que sempre queria mais.
Os números não mentem. Foram 58 jogos comandando o Cruzeiro, sendo 35 vitórias, 10 empates e 13 derrotas. E o bom trabalho de Pezzolano na Raposa despertou o interesse de alguns clubes do Brasil e do exterior, um desses clubes foi o flamengo, após a demissão do português Paulo Sousa.
Com medo de perder o técnico que, enfim, conseguiu extrair boas atuações do elenco celeste. A torcida do Cruzeiro começou uma campanha inusitada nas redes sociais: falar mal do treinador. O objetivo era afastar o interesse de outros clubes em Pezzolano. Os cruzeirenses postavam em suas redes sociais que o treinador era “ruim”, “fraco”, “não entendia nada de futebol”, etc.
O plano deu certo, e a diretoria celeste renovou com Pezzolano por mais uma temporada, até dezembro de 2023. O jovem treinador conseguiu cumprir sua principal meta, o acesso, que veio com sete rodadas de antecedência, um recorde na competição. O título da Série B veio na rodada seguinte e, enfim, Pezzolano pôde comemorar.
Agora o comandante da Raposa terá mais um desafio pela frente: a disputa da Série A. O objetivo é se manter na primeira divisão. Parece pouco para a história do Cruzeiro, mas para quem passou os últimos três anos na Segundona, isso é só o começo para grande sonhos dessa nova gestão.