Rogério Ceni chegou ao Cruzeiro e os números relativos à produção ofensiva do time apresentaram uma subida. Só contra o Santos foram 21 finalizações, sendo 10 no gol, seis para fora e cinco chutes travados. Já contra o CSA, a Raposa buscou o arremate em 13 oportunidades, sendo seis no gols, seis para fora e um chute travado. Os números também mostram um controle maior da posse de bola, sendo 66% diante do Peixe, fato que é explicado pela vantagem numérica do time celeste durante boa parte do confronto, e 53% diante do CSA, um domínio que apresentou certos picos de instabilidade, principalmente no segundo tempo, quando o time de Rogério Ceni passou a ceder mais a posse de bola para o adversário. 

Apesar de apresentar situações mais pujantes de ataque, com destaque para finalizações de fora da área, o zagueiro Dedé não vê o Cruzeiro como mais ofensivo, mas sim motivado com a mudança de comando e as ideias apresentadas por Ceni. A ressalva que o atleta faz fica mais no aspecto defensivo que, segundo ele, era uma prioridade maior do Cruzeiro de Mano Menezes, o que fazia muitas vezes que o ataque ficasse em segundo plano. 

"Eu não considero um time mais ofensivo não. Considero um time que está dando mais opção, está se movimentando mais. É um time que se motivou um pouco mais com a situação de ter um novo treinador, de ter a oportunidade de jogar de titular. Porque muitos aqui consideravam aqui, o time do Mano Menezes, apenas uma equipe titular, e hoje o Rogério está dando muitas chances em treinamento para os meninos. Mas eu não considero um time mais ofensivo não. Vejo um time que está se movimentando bastante, e defensivamente todos que estão atacando vêm fazendo de tudo defensivamente para marcar. Eu acho que o nosso time, como eu falei anteriormente, está sendo mais equilibrado, tanto defensivamente como ofensivamente. Acho que antigamente, defensivamente a gente se preocupava mais, e estava atacando menos", analisou o camisa 26. 

Para embasar sua opinião, o zagueiro deu o exemplo de como o time vinha jogando, recordando que o Cruzeiro que venceu Santos era praticamente o mesmo que venceu o Atlético por 3 a 0, no primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil. 

"O nosso time não mudou muita coisa não do que era antes. Acho que mudou o trabalho, a forma de jogar. Vamos lá, o jogo contra o Atlético, que foi o 3 a 0 para nós, foi o mesmo time que entrou contra o Santos, só mudou o Dodô e o posicionamento, que foi o Robinho, que antes estava lá na ponta. Ele (Rogério) mudou também porque entrou o Dodô de volante no lugar do Ariel e ele colocou o Marquinhos na direita. Mas sempre estava jogando assim, com o Marquinhos também. O nosso time não mudou tanto em relação à questão de velocidade. Nosso time se movimenta mais, está fazendo um trabalho diferente. Acho que era o que estava faltando a nós e hoje, o que ainda nos falta, são os jogadores se entrosarem, para ter o último passe, essas coisas. Mas como eu disse, a gente está em uma subida, daqui a pouco vamos no automático e as coisas vão melhorar bastante", concluiu o jogador.