Choque inicial

Mano vê mais comoção em caso Dedé do que união: "cada um pensa no seu lado"

Clubes, federações, comentaristas e árbitros criticaram decisão de Eber Aquino e exigiram uma resposta da Conmebol

Por Josias Pereira
Publicado em 21 de setembro de 2018 | 17:41
 
 
Dedé aguarda para saber se terá condições de atuar frente ao Boca, no dia 4 de outubro Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.

O mundo do futebol está unido com o Cruzeiro na absurda expulsão de Dedé em La Bombonera, uma decisão tomada pelo árbitro paraguaio Eber Aquino após consultar o VAR. A afirmação pode dar a impressão de uma união no futebol nacional que, enfim, acontece após várias ações nocivas da Conmebol aos clubes do país. No entanto, para o técnico Mano Menezes, este ambiente favorável se deve muito mais a uma comoção do que o princípio de uma mudança. 

"Primeiro é uma comoção porque nós somos assim, não é?", indaga o treinador. "Logo que acontece um fato extraordinário como esse, as primeiras reações são de comoção. Para atingirmos uma união temos que avançar bastante. Ainda não temos essa condição. Talvez chegaremos lá um dia por entendermos que todos nós temos que cuidar do futebol juntos, independentemente das nossas individualidades, nossas diferenças, porque é evidedente que cada um pensa mais no seu lado", contemporiza Mano Menezes.

"É claro que podemos pensar no nosso lado, mas temos que ver o futebol como um todo para melhorá-lo como um todo, mas precisamos avançar para chegar lá", finaliza o técnico celeste. 

O Cruzeiro está com sua cúpula totalmente voltada para retirar a suspensão de Dedé. O presidente Wagner Pires de Sá esteve na sede da Conmebol nessa quinta-feira revelou seu otimismo quanto à possibilidade do zagueiro atuar no jogo da volta contra o Boca, no dia 4 de outubro, no Mineirão. Dedé foi expulso por uma cabeçada em dividida com o goleiro Andrada, do Boca.