Ronaldo aproveitou sua live na Twitch para se manifestar sobre opiniões contrárias de comentaristas e repórteres esportivos em relação ao negócio firmado com o Cruzeiro. O Fenômeno pediu aos anallistas responsabilidade ao tecer análises sobre o negócio, destacando que se cercou de todos os melhores profissionais da área para poder executar o melhor plano de ação para a reestruturação da Raposa. 

"Eu não poderia deixar de dizer uma coisinha sobre tudo que eu tenho visto aí na TV, nos jornais. De repente, os comentaristas esportivos, principalmente os que falam de futebol, que a gente conhece todos, narradores, monte de gente aí agora, de repente, virou analista financeiro, comentarista financeiro, dizendo que a proposta é boa, é fraca ou é ruim. Eu não sei em que mundo estamos, a falta de responsabilidade de um comentarista esportivo falar sobre uma negociação financeira bem complexa. Nós estamos sendo assessorados por duas das principais empresas do Brasil, uma de reconstrução, de reestruturação de empresas, que é a Alvarez & Marsal, e a outra é a XP, o maior banco de investimento do Brasil. Colocar em dúvida a credibilidade desses dois dois gigantes, eu acho, no mínimo, uma falta de respeito", criticou o Fenômeno.

 O ex-jogador também comentou sobre os valores envolvendo a negociação com o Cruzeiro, reforçando que o clube vem de uma série de anos de prejuízo. Ronaldo fez até uma relação com o Google e a Amazon. 

"Dito isso, fica esse recado aos nossos colegas, comentaristas esportivos, repórteres esportivos, um pouco mais de tranquilidade e responsabilidade na hora de comentar. O Cruzeiro chegou a uma situação lamentável. Não sei o que vocês acham que deveria ser, o preço da Google, da Amazon? Não sei o que vocês esperavam. Um time que deu prejuízo nos últimos cinco anos", destacou Ronaldo.

O ex-jogador lamentou que parte da negociação tenha sido vazada pelo conselho deliberativo do Cruzeiro. Mas apontou que não tomará medidas judiciais contra aquilo que ele pontuou como um crime. No documento emitido pela mesa do conselho deliberativo, ficou exposto que aporte inicial da SAF será de R$ 50 milhões, sendo que o Fenômeno já investiu R$ 26 milhões, restando outros R$ 24 milhões. Os conselheiros então questionaram os outros R$ 350 milhões prometidos por Ronaldo, destacando que os valores viriam de receitas geradas para a SAF por meio da gestão do ex-jogador, dentre eles patrocínio, venda de jogadores. Mediante a isso, para os signatários do documento, o negócio é benéfico para Ronaldo e lesivo ao Cruzeiro. 

Ronaldo disse, em carta, que os outros R$ 350 milhões virão por investimento direto ou incremento de receitas. Na live, ele reforçou a necessidade de um discurso de estabilidade, especialmente com o time chegando à reta final do Campeonato Mineiro e se preparando para o início da Série B. 

"Vamos lá, aqui não é censura. Não quero censurar ninguém, vamos ter um pouquinho de responsabilidade na hora de comentar um assunto que tenho quase certeza que não dominam. Eu tenho certeza que não dominam. Um outro pode ter alguma preparação para falar sobre o assunto. Mas eu acho que é isso, rapaziada.. Um pouco mais de responsabilidade, aqui estamos trabalhando muito, seriamente, pela reconstrução do Cruzeiro, e vamos continuar assim até o dia da decisão do conselho. E a gente espera que seja a resposta que a gente espera, que a torcida espera. Acho que estamos credenciados para assumir esse desafio. Os detalhes da negociação, infelizmente o conselho do Cruzeiro abriu publicamente parte da negociação, o que é um crime porque existe a confidencialidade entre as partes. Portanto, não foi respeitado. Mas ok. Não vamos para esse caminho, abrir um processo enquanto a isso, queremos resolver a situação, queremos que volte a tranquilidade no nosso ambiente. Temos muita coisa na área esportiva para pensar, planejar, precisamos dessa tranquilidade. Estamos chegando em um momento importante do ano, final do Campeonato Mineiro e início do Campeonato Brasileiro da Série B. Então precisamos resolver isso antes para termos esta tranquilidade para trabalhar", concluiu o Fenômeno.