A Missão Europa, iniciativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para treinos de atletas do país em Portugal, atinge um novo momento em outubro.
Depois de 150 atletas de 16 modalidades serem contemplados nos três últimos meses, agora chega o momento da ação receber representantes de esportes coletivos. As seleções feminina de rugby sevens e masculina de handebol têm desembarque previsto para os próximos dias em Portugal.
O time masculino chega no dia 30 de outubro, enquanto as meninas aterrissam no próximo sábado (3). Assim que chegarem, as delegações farão os exames PCR e sorologia, ficando isoladas até a confirmação do resultado negativo para o coronavírus, o que vai liberar todos para as atividades em Rio Maior.
“Estar na Missão Europa será importante para manter o padrão de trabalho, de treinamento, e observar os jogadores que poderão ser convocados para o Mundial, principalmente depois desse período largo de inatividade por conta da pandemia. Os que estão na Europa já passaram pela pré-temporada e estão em treinamento. O COB está proporcionando para nós um CT em que conseguimos trabalhar com tudo integrado, de maneira intensa, num espaço extremamente bom. Rio Maior é um lugar muito importante para que o handebol possa trabalhar”, afirma o técnico Washington Nunes, que levou o Brasil ao inédito 9º lugar no Mundial de 2019.
O time se prepara para a disputa do Pré-Olímpico Mundial, que acontece entre os dias 12 e 14 de março de 2021, na Noruega. Além da equipe anfitriã, o Brasil vai enfrentar Chile e Coreia do Sul em busca de uma das duas vagas disponíveis. Antes do Pré-Olímpico, o Brasil disputa o Mundial do Egito, de 13 a 31 de janeiro.
Yaras
Já o time de rugby feminino tem presença garantida nos Jogos de Tóquio após título do Pan-Americano de Lima, em 2019. O ano passado foi marcante depois da conquista do World Rugby Women’s Sevens Series, o Hong Kong Sevens, que garantiu vaga na elite mundial.
De técnico novo, o período em Rio Maior será fundamental para conhecimento de todas as partes envolvidas. “Essa viagem vai ser muito importante para nos conectarmos com o grupo porque vamos conseguir conviver juntos todos os dias. Na parte do campo, será muito importante porque vamos conseguir treinar livres, sem ficar preocupado com outras questões. Vai ser um ambiente onde nosso único foco será a performance no campo. Então, tudo que vamos fazer fora do campo, criando hábitos e processos, será fundamental para levarmos para os Jogos Olímpicos”, analisa o treinador Will Broderick, que assumiu a equipe em agosto.
Beneficiados
Até o momento, 16 modalidades já participaram da Missão Europa: atletismo, boxe, canoagem slalom, ciclismo BMX, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, maratonas aquáticas, nado artístico, natação, taekwondo, tênis, tênis de mesa, triatlo e vela.
As delegações ficaram distribuídas em cinco bases em Portugal – Rio Maior, Cascais (vela), Coimbra (judô), Sangalhos (ginástica artística, ginástica rítmica e ciclismo BMX) e Vila Nova de Gaia (tênis de mesa) –, além das cidades de Pau (França) e Belgrado (Sérvia).
“Não medimos esforços para possibilitar que nossos atletas se preparem adequadamente. Por isso, a Missão Europa é fundamental para que nossos atletas tenham um local para treinar e participar das competições europeias. Até o final do ano, devemos contemplar cerca de 200 atletas. Se a situação não estiver melhorando no Brasil, podemos prorrogar pelo tempo que for necessário para garantir uma boa preparação. Faltando menos de 300 dias para os Jogos, a Missão Europa é um grande avanço na retomada da preparação com foco em Tóquio 2020”, destaca Marco La Porta, presidente em exercício do COB e chefe de Missão dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.