Em solo chinês

Rota BH-Rio fez a diferença para mineira estreante no UFC

Lara Procópio encara brasileira na sua primeira luta na organização; presença em academia referência pesou para crescimento dentro do MMA

Lara soma invencibilidade após nove lutas na carreira profissional e amadora | Foto: Reprodução
Daniel Ottoni| @superfcoficial
29/08/19 - 10h00

O potencial mostrado pela mineira Lara Procópio, mais nova integrante do UFC, a fez sair de Belo Horizonte há três anos para voos mais altos. O destino precisou ser o Rio de Janeiro. Foi na academia Nova União, uma referência no MMA, que ela se encontrou para chegar longe na modalidade. Neste sábado, em  Shenzhen, ela estreia na maior organização do planeta, no UFC da China contra a também brasileira Karol Rosa. 

"Treinar em BH era complicado pra mim. Eu sempre tinha dificuldades na preparação por conta do número limitado de meninas e campeonatos. Meu pai acionou um contato no Rio de Janeiro que fez a ponte até o Dedé Pederneiras, da Nova União. Fiz um teste, fui aprovada e as portas foram abertas. Estar em uma academia renomada pesou demais para minha entrada no UFC. Estou invicta e mais difícil que entrar na organização é se manter. Precisarei mostrar que sou uma lutadora completa", comenta Lara, que está com 23 anos. 

Invicta após nove lutas (seis como profissional e três como amadora), ela se apega ao seu ponto forte para não dar chance para a adversária e compatriota. "Sou uma atleta que ando pra frente o tempo todo, busco o jogo agarrado, tenho um bom jiu-jitsu. Ela não vai querer ir pro chão comigo, acho que vai procurar mais a trocação, manter a distância e contra-atacar", projeta. 

Foco no ponto forte da adversária

Ciente da especialidade de Rosa, Lara focou no boxe no seu último camp, a deixando à vontade para os desafios que estão por vir neste sábado. "Sinto-me confortável na trocação também, já me sinto uma lutadora mais completa, mesmo sempre querendo melhorar. Vou impor meu jogo e buscar a finalização", detalha. 

Apesar de estar fazendo somente sua primeira luta no UFC, ela pensa alto, mas fazendo questão de manter os pés no chão. "O sonho de todo atleta é o cinturão. Mas preciso dar um passo de cada vez, construir meu nome, fazer uma caminhada segura e conquistar o espaço. Temos grandes atletas na categoria, mas creio que meu momento chegou. Agora é minha hora", salienta, com a segurança de quem sabe do caminho que percorreu até estar em um espaço para privilegiadas. 
 

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