Renasceu

De rebaixado a 'sensação': a reviravolta do Maringá na temporada

Duas vitórias seguidas contra favoritos a títulos mostra bom trabalho do time do Paraná que, por pouco, não ficou de fora da Superliga

Por Daniel Ottoni
Publicado em 15 de janeiro de 2019 | 14:59
 
 
Fadul reúne passagens por Volta Redonda e Juiz de Fora Vôlei Divulgação - Maringá Vôlei

A presença na elite do vôlei nacional masculino nem era para ter acontecido para o Copel Telecom Maringá-PR. O time do Paraná terminou a última edição da Superliga na penúltima posição, sendo um dos dois rebaixados para a Superliga B.

No entanto, a desistência do Canoas-RS abriu vaga para os paranaenses, que conseguiram, por sorte, uma vaga na principal competição do país. Sabendo aproveitar bem as oportunidades e ciente das suas limitações financeiras, o time tem se destacado, sendo a 'sensação' da temporada 2018/2019.

Em sexto lugar na tabela, com o mesmo número de pontos do quinto colocado, o time do técnico Alessando Fadul tem chamado atenção principalmente por alguns resultados expressivos. Na última semana, eliminou, em São Paulo, o favorito Sesi-SP da Copa Brasil em jogo decidido no tie-break. A presença inédita na semifinal do segundo maior torneio nacional, em Lages (SC), foi bastante comemorada pelo clube, que tem o ex-levantador Ricardinho como seu presidente. 

"Admito que, em relação a este duelo especificamente, não esperávamos sair com a classificação. Estávamos diante de um time cotado para ser campeão, não só da Copa Brasil como da Superliga. Mas lutamos muito e estamos sendo premiados por nossa dedicação e empenho a cada dia. Pra nós, não é surpresa o que estamos fazendo nesta temporada", comenta Fadul.

Embalado, o elenco foi até o Rio de Janeiro no final de semana para despachar, por 3 a 1, o então líder Sesc-RJ, fazendo um outro favorito amargar uma derrota, saindo de quadra sem pontuar contra adversário de investimento bastante inferior.

Ainda no início da competição, o Maringá havia mostrado seu valor ao vender caro derrota, em Contagem, para o Sada Cruzeiro, por 3 a 2. O resultado foi o mesmo do revés diante do Minas dentro de casa. Mais do que belicar pontos, foram as vitórias nos confrontos diretos, diante de equipes de patamar similar, que fizeram toda a diferença para o Maringá.

"Sempre falo com meus jogadores que a vitória é consequência de um processo. O grupo vem trabalhando forte desde o início da temporada e somos conscientes de onde podemos chegar. Temos um elenco motivado e ambicioso, buscando seu melhor. Os resultados não são por acaso, são fruto de muita dedicação", reforça o treinador, que já passou por Volta Redonda e Juiz de Fora.

"Foi em apenas dois jogos que estivemos abaixo. Nas outras partidas, mantivemos um bom padrão. Foram várias boas atuações, que nos fazem acreditar cada vez mais no nosso potencial", completa o treinador.