Poucos jogos dentro da Superliga masculina terão do outro lado da quadra uma figura tão marcante para o levantador Rhendrick, do América Vôlei, de Montes Claros. O time alviverde encara, neste domingo, à 20h, o líder Sada Cruzeiro, dentro de casa, com transmissão do Sportv. O Coelho está na vice-lanterna, correndo risco de rebaixamento, somando apenas uma vitória em 12 jogos. A partida será válida pela segunda rodada do returno.
O jovem armador de 20 anos tem no adversário um dos seus maiores espelhos na carreira. Com 24 anos, o também levantador Fernando Cachopa constrói trajetória que o americano tem como inspiração.
Formados na base do Sada Cruzeiro, eles chegaram a treinar juntos no CT do Barro Preto na temporada 2017/2018, em um convívio que segue sendo lembrado por Rhendrick. "A gente terminou a temporada com o título da Superliga. O Cachopa não era titular absoluto mas jogou em grandes momentos. Sempre que o tinha ao meu lado, principalmente nos treinos, aprendia algo bom. Tento observar o jeito como ele joga, a forma como lida com os problemas ofensivos da equipe. O carisma e o jogo leve que ele faz são algumas das referências que tenho. Assim como aconteceu comigo, as portas do Sada Cruzeiro foram abertas e temos tentado aproveitar as oportunidades", comenta.
Cachopa também passou por várias seleções de base e esperou a chance de virar titular no Sada Cruzeiro, o que aconteceu na última Superliga. O gaúcho foi ganhando, aos poucos, espaço no elenco, primeiro como terceiro levantador até ser efetivado como titular no momento oportuno. O talento de Rhendrick está sendo bem aproveitado pelo time celeste, que resolveu emprestá-lo para o América para a disputa do maior torneio do país.
Quando nem pensava em alçar voos mais altos, como ser convocado para a seleção adulta em 2019, Rhendrick teve no colega cruzeirense alguém para começar a ver o vôlei de uma outra maneira. "Ele começou a ser minha inspiração em 2014, quando o vi na seleção. Muita gente brincava, falando que éramos irmãos. Era uma época em que eu não acompanhava o vôlei como hoje, mas depois desses comentários tive uma vontade maior de jogar, sempre tendo ele como referência", completa o jovem, que foi chamado pelo técnico Renan dal Zotto, em agosto de 2019, para amistosos contra a Argentina no país vizinho.
Recuperação necessária
Apesar da má campanha, a experiência adquirida na Superliga tem tudo para render frutos para Rhendrick. "Nosso time, em vários momentos, mostra ser forte e com um bom poder ofensivo. Temos que melhorar muitas coisas em que pecamos como grupo e também no individual. Devemos nos apegar ao presente e no que podemos fazer de melhor. É uma oportunidade muito grande estar vivenciando isso, tenho a esperança de fazer jogos bons e, quem sabe, estar nos playoffs. Precisamos sonhar grande. Se o time jogar como um só podemos fazer história no meio de tantos altos e baixos", revela.
Fora de casa
No mesmo horário, o Fiat Minas, sexto colocado, visita o Denk Maringá (PR). O time do Paraná está uma posição e um ponto atrás da equipe da Rua da Bahia.