Exemplo

Levantador do América mira trajetória de Cachopa, adversário neste domingo

Rhendrick quer seguir os passos do antigo companheiro de treino, já tendo no currículo convocação para amistoso da seleção principal na Argentina

Por Daniel Ottoni
Publicado em 19 de janeiro de 2020 | 06:00
 
 
Rhendrick ganha sequência na Superliga masculina pela primeira vez na carreira Leonardo Assad Aoun

Poucos jogos dentro da Superliga masculina terão do outro lado da quadra uma figura tão marcante para o levantador Rhendrick, do América Vôlei, de Montes Claros. O time alviverde encara, neste domingo, à 20h, o líder Sada Cruzeiro, dentro de casa, com transmissão do Sportv. O Coelho está na vice-lanterna, correndo risco de rebaixamento, somando apenas uma vitória em 12 jogos. A partida será válida pela segunda rodada do returno.

O jovem armador de 20 anos tem no adversário um dos seus maiores espelhos na carreira. Com 24 anos, o também levantador Fernando Cachopa constrói trajetória que o americano tem como inspiração.

Formados na base do Sada Cruzeiro, eles chegaram a treinar juntos no CT do Barro Preto na temporada 2017/2018, em um convívio que segue sendo lembrado por Rhendrick. "A gente terminou a temporada com o título da Superliga. O Cachopa não era titular absoluto mas jogou em grandes momentos. Sempre que o tinha ao meu lado, principalmente nos treinos, aprendia algo bom. Tento observar o jeito como ele joga, a forma como lida com os problemas ofensivos da equipe. O carisma e o jogo leve que ele faz são algumas das referências que tenho. Assim como aconteceu comigo, as portas do Sada Cruzeiro foram abertas e temos tentado aproveitar as oportunidades", comenta.

Cachopa também passou por várias seleções de base e esperou a chance de virar titular no Sada Cruzeiro, o que aconteceu na última Superliga. O gaúcho foi ganhando, aos poucos, espaço no elenco, primeiro como terceiro levantador até ser efetivado como titular no momento oportuno. O talento de Rhendrick está sendo bem aproveitado pelo time celeste, que resolveu emprestá-lo para o América para a disputa do maior torneio do país.   

Quando nem pensava em alçar voos mais altos, como ser convocado para a seleção adulta em 2019, Rhendrick teve no colega cruzeirense alguém para começar a ver o vôlei de uma outra maneira. "Ele começou a ser minha inspiração em 2014, quando o vi na seleção. Muita gente brincava, falando que éramos irmãos. Era uma época em que eu não acompanhava o vôlei como hoje, mas depois desses comentários tive uma vontade maior de jogar, sempre tendo ele como referência", completa o jovem, que foi chamado pelo técnico Renan dal Zotto, em agosto de 2019, para amistosos contra a Argentina no país vizinho.

Recuperação necessária

Apesar da má campanha, a experiência adquirida na Superliga tem tudo para render frutos para Rhendrick. "Nosso time, em vários momentos, mostra ser forte e com um bom poder ofensivo. Temos que melhorar muitas coisas em que pecamos como grupo e também no individual. Devemos nos apegar ao presente e no que podemos fazer de melhor. É uma oportunidade muito grande estar vivenciando isso, tenho a esperança de fazer jogos bons e, quem sabe, estar nos playoffs. Precisamos sonhar grande. Se o time jogar como um só podemos fazer história no meio de tantos altos e baixos", revela. 

Fora de casa

No mesmo horário, o Fiat Minas, sexto colocado, visita o Denk Maringá (PR). O time do Paraná está uma posição e um ponto atrás da equipe da Rua da Bahia.