Sem débitos da última temporada

Ponta Grossa preparado para aceitar convite da CBV e disputar a Superliga

Time do interior do Paraná depende de desistência de algum time para não ser rebaixado; decisão pode vir nesta quarta-feira

Equipe do Sul do país espera tirar pontos ou sets nos jogos seguintes diante de adversários de alto investimento | Foto: Agência I7
Daniel Ottoni| @dottoni
06/07/20 - 14h04

Depois do convite recebido pelo América Vôlei, de Montes Claros, pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), resta, na teoria, somente uma vaga para que os 12 times da Superliga masculina sejam conhecidos. A equipe mineira foi chamada após confirmação de que o Sesc (RJ) não vai disputar o torneio e precisa enviar para a entidade responsável documento provando que os salários da última temporada foram quitados.

O time segue sem pagar tudo que foi acordado com alguns atletas, o que pode impedir sua participação no torneio, apesar do convite. A diretoria do clube de Montes Claros não respondeu a reportagem do Super.FC sobre tais débitos.  

Quem está de olho para completar a lista é o Ponta Grossa (PR), que ficou em último lugar na edição da temporada 2019/2020, sendo rebaixado para a Superliga B. O time do Paraná depende de desistência de algum dos times que já foram convidados. O prazo para o retorno dos times é dia 8 de julho, nesta quarta-feira, com o dia 15 sendo o limite para entrega de toda a documentação que comprova as contas em dia. 

Enquanto o Denk Maringá (PR) ainda não pagou os salários que deve da última temporada, não se encaixando na regra do fair play financeiro, o RIbeirão Preto, que não teve salários atrasados, não tem garantia de patrocinadores para participar da próxima edição. 

O que poderia prejudicar o Ponta Grossa seria débitos da última temporada, o que já foi sanado pelo clube. "Já temos a carta assinada por todos os atletas da última temporada. Todo o elenco, inclusive, chegou a receber os salários antecipadamente", comenta o técnico Fábio Sampaio.

Débito anterior não impede participação

O Ponta Grossa corre atrás para arcar com os débitos que seguem pendentes da temporada 2018/2019. No entanto, estas dívidas não seriam impedimento para o time, que conseguiu participar da última Superliga por meio de decisão na Justiça, alegando que tentou o acordo com os atletas e não teve sucesso na tentativa, mesmo caminho que foi usado pelo América na oportunidade. 

"Temos pendências judiciais da temporada 2018/2019. Se não fosse o interesse do clube em resgatar a confiança e limpar seu nome, não estaríamos na luta ainda. Vamos pagar o que é de direito de todos. O problema é que algumas pessoas cobraram o que não estava em contrato, como 13° , férias, rescisão e hora extra. Embora elas tenham o direito, este não foi o combinado", analisa Sampaio.

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