Vôlei feminino

Thaisa valoriza temporada do Gerdau Minas: "Desacreditaram o nosso time"

Equipe minastenista enfrenta o Dentil Praia Clube na quinta decisão consecutiva de Superliga, neste domingo (21)

Por Débora Elisa
Publicado em 17 de abril de 2024 | 17:18
 
 
Peña (esq.), ponteira, e Thaisa, central do Gerdau Minas Foto: Hedgard Moraes/MTC

No próximo domingo (21), o Gerdau Minas enfrenta o Dentil Praia Clube pela quinta final consecutiva de Superliga. A capitã minastenista Thaisa estará em quadra, na decisão da liga nacional, pela 13ª vez na carreira.

Com muita experiência, é uma das principais jogadoras no elenco do Minas, que quer voltar ao lugar mais alto do pódio após o vice da última temporada. A central bicampeã olímpica chega à decisão com um total de 5.065 pontos na competição, ostentando sete medalhas de ouro e cinco de prata.

O primeiro título foi em 2005/2006, com o Rexona-Ades (RJ), pelo qual também foi campeã nas duas temporadas seguintes. Já com o Minas, venceu em 2020/2021 e 2021/2022 — as outras duas conquistas foram obtidas com o time do Osasco (SP) em 2009/2010 e 2011/2012.

Mesmo com um histórico extenso, Thaisa acredita que a atual temporada seja a mais desafiadora de sua carreira.

“Todas têm algo em especial que acontece e marca, mas essa está sendo bem desafiadora. Tivemos muitos altos e baixos, muitos baixos, e muitas críticas. Muitas pessoas não acreditavam nem que passaríamos da semifinal. Desacreditaram no nosso time e principalmente no trabalho do Nicola. Pior quando isso parte de quem diz que torce por nós. Mas, enfim, seguimos trabalhando duro e dando nosso melhor, sempre”, comentou Thaisa.

Fechando o jogo decisivo contra Osasco em um de seus sete pontos de bloqueio. Mesmo assim, a capitã evita trazer o holofote para si, destacando o papel de cada uma de suas companheiras.

‘Fico feliz em conseguir ajudar o time nesses momentos. Mas o último ponto não é mais importante que uma grande defesa que é feita também em um momento determinante e é pouco validada porque não pontua. Como time, cada toque, marcação, saque, defesa, ataque, tudo é importante para o resultado final”, disse a central, que também levou o troféu VivaVôlei após o jogo.

Lesão grave ficou no passado

Neste mês, a lesão mais séria da carreira de Thaisa, sofrida quando jogava no Eczacibasi, da Turquia, completou sete anos. Por ter passado por uma cirurgia complicada no joelho, teve até o futuro no vôlei contestado, mas, hoje, a central segue atuando em alto nível, prestes a disputar outra edição de Olimpíadas, em Paris.

“Raramente paro para pensar nisso. Às vezes meus fãs me fazem recordar e aí eu vejo esses vídeos editados da lesão e do meu retorno. Me emociono muitas vezes e até choro. É forte demais e foi duro demais. Só quem vive sabe. E me orgulho de ter conseguido me manter tão forte e resiliente. Sou grata por tudo, apesar das lágrimas, dores e dificuldades. Sou grata por quem me tornei como mulher, não apenas como atleta”, completou Thaisa.

De 2018/2019 para cá, esta será a quinta final consecutiva entre as duas equipes mineiras na Superliga – na temporada 2019/2020 a competição foi cancelada devido à pandemia da Covid-19. Das quatro decisões, o Minas só não ganhou a de 2022/2023.