A semana de jogos da seleção brasileira masculina de vôlei em Sofia, na Bulgária, certamente será especial para os opostos Alan e Darlan. Os irmãos são concorrentes dentro do time do técnico Renan Dal Zotto, disputando entre eles a vaga de titular.
O primeiro jogo acontece nesta quarta-feira, às 11h, contra a Polônia, com transmissão do Sportv2. Na sequência, o Brasil encara Sérvia, Irã e os donos da casa, em busca de melhorar o aproveitamento.
Até aqui, foram quatro jogos em Brasília, com duas vitórias e duas derrotas, uma delas sendo surpreendido pela China, que passa longe da lista de favoritos.
Esta é a primeira vez que Alan e Darlan estarão juntos dentro da seleção brasileira adulta. Alan, mais velho, com 26 anos, já se acostumou ao ambiente da seleção, sendo uma inspiração para o mais novo, prestes a completar 20 anos na próxima sexta-feira.
“Foi o próprio Darlan quem me contou da convocação dele. E ficamos felizes, nossos pais ficaram muito animados. A convocação dele é algo que eu já esperava pelo voleibol que ele vem apresentando nas duas últimas temporadas, sendo titular na Superliga. Eu passo algumas dicas para ele aprimorar ainda mais a técnica. Ele ainda tem muito o que aprender, é bem jovem”, comenta Alan, que sabe que o momento dos dois é, ao mesmo tempo, especial e incomum, por estarem juntos na seleção e disputarem a mesma vaga, tendo espaço somente para um deles dentro de quadra.
“Nós temos essa rivalidade em qualquer atividade. Chegar à seleção não é fácil, aqui estão os melhores do Brasil. Pensar que dois irmãos disputam a mesma posição é surreal. Dentro de quadra, tento dar algumas orientações, mas a ideia é que nós dois possamos evoluir juntos”, declara Alan.
Darlan não esconde o exemplo que tem no irmão, mais rodado e com títulos na bagagem, algo que ele também almeja na sua carreira, que está apenas começando dentro da seleção.
"O fato de eu ter me tornado oposto tem um pouco a ver com a influência dele, mas também é uma posição que gosto bastante. Eu me sinto tranquilo para esta primeira experiência. A comissão técnica e os atletas estão me dando todo o suporte, conversam muito comigo, dão dicas. Acho que tudo acontecerá de forma natural, claro que com um certo nervosismo, que é normal, mas eu creio que tudo vai fluir”, conta.
Os dois estiveram mais próximos na última temporada, quando Alan se lesionou e fez o tratamento e recuperação no Sesi, clube que Darlan defende, sendo titular nas últimas temporadas, sendo uma das referências do time paulistano.
“Foi muito gratificante ver o trabalho reconhecido. Eu esperava esta oportunidade, só não tinha esta expectativa por agora. Foi uma surpresa e uma emoção. Ter o Alan como companheiro de equipe é muito bom. Desde pequeno eu quis jogar ao lado dele, mas como somos da mesma posição, é mais complicado. Temos uma rivalidade sadia, eu me espelho nele. Vou treinar bastante, para, quem sabe, ganhar a vaga dele", completa.