Europa

Descubra o lado B de Amsterdã fora do circuito dos canais

Cidade revela seu lado moderno e autêntico em bairros como NDSM e De Pijp; quiz ajuda o turista a descobrir o bairro que é, realmente, a sua cara

Por Paulo Campos
Publicado em 24 de novembro de 2018 | 03:00
 
 
NDSM: área dos antigos estaleiros tem muitos espaços livres Paulo Campos

Que Anne Frank, Van Gogh e Rembrandt me desculpem, mas minha passagem desta vez por Amsterdã teve outro sentido. Queria fugir do turismo de massa para descobrir outros lugares menos populares, para mostrar aos viajantes que a capital da Holanda não se resume a canais, sobrados do século XVII, bicicletas, moinhos e tulipas.

A missão era descobrir novos roteiros para você vasculhar em sua primeira (ou próxima) viagem uma Amsterdã diferente, combinando, claro, com o roteiro de “slow travel” proposto pela operadora Queensberry Viagens, que, como no movimento “slow food”, não é nada mais do que fazer tudo devagar, com mais tempo.

Fora do centro

Amsterdã é uma cidade de múltiplas faces, vai além da zona turística e dos programas tradicionais oferecidos aos turistas pelas agências de viagens – passeio de barco pelos canais, Casa-Museu de Anne Frank, Rijksmuseum, Heineken Experience, museus Van Gogh, Rembrandt e Hermitage, Nemo, praça Dam e Distrito da Luz Vermelha, só para citar os mais comuns.

Existe uma Amsterdã que se esconde dos turistas em bairros vizinhos, como NDSM, De Pijp, Jordaan, Spiegelkwartier ou Chinatown – isso mesmo, a capital holandesa também tem seu bairro chinês –, com atrações diferenciadas, para todos os públicos.

“Estamos evitando conteúdo genérico, como postagens sobre o canal de Amsterdã e atrações famosas”, comenta Angela Prosé, do I Am Amsterdam, órgão oficial de turismo da cidade. “Queremos ampliar a cidade e inspirar os turistas a visitar outros bairros e, assim, controlar o tráfego de visitantes do centro”, diz.

No ano passado, a Holanda recebeu 17,9 milhões de turistas, segundo dados do órgão oficial, Holland.com. Esses turistas têm o aeroporto Schipol, em Amsterdã, como porta de entrada no país. No centro, a sensação de superlotação é sentida até pelo turista e acende o alarme das autoridades.

Quiz

Nos últimos anos, para diminuir esse impacto, o I Am Amsterdam criou uma campanha para divulgar bairros alternativos fora do cinturão dos canais. Utilizou também do Amsterdam City Card para mapear as atrações e influenciar os viajantes pelas redes sociais. Criado para estimular o turismo, o órgão quer agora manejar e controlar o fluxo turístico na cidade.

O site I Am Amsterdam é a ferramenta mais curiosa e criativa. O órgão criou o quiz “Which Amsterdam neighbourhood are you?” (na tradução, “Qual bairro de Amsterdã é você?”), com 11 perguntas para o turista descobrir qual região da capital holandesa é sua cara. Foi exatamente esse caminho que escolhi para fugir do buchicho do centro e descobrir os bairros de NDSM e De Pijp.

O primeiro fica localizado em Amsterdam Noord, que significa “norte”, ou seja, a região ao norte do rio IJ, a área portuária que se revitalizou nos últimos anos, onde o projeto mais famoso é o NDSM -werf. O segundo é a região mais animada da cidade, nas imediações da Heineken Experience, antiga cervejaria que virou atração turística. É a área com a maior densidade de café e pubs de Amsterdã, um lugar multicultural apelidado pelos locais de “Quartier Latin de Amsterdã”, referência ao famoso bairro boêmio parisiense.

 

Equilíbrio: natureza e área urbana

Tratando-se de viagens de até 25 pessoas, é preciso pensar na coletividade. Por isso, ao estruturar os passeios do Grupos Brasileiros pelo Mundo (GBM), a equipe da Queensberry Viagens reflete cuidadosamente sobre as preferências do seu público.

O roteiro Islândia, Terra do Fogo e dos Elfos (E o Melhor dos Países Baixos), por exemplo, além dos sete dias pelas paisagens de natureza selvagem do país nórdico, conta com quatro dias entre moinhos, museus e diques na Holanda, fora os dias em Bruxelas e Frankfurt.

“Tudo começa com uma avaliação na procura por viagens aqui na empresa. Nós percebemos que a Islândia se tornou tendência. Mas mesmo quem quer ver os gêiseres islandeses gosta de cidades grandes: quer ter contato com a história, conhecer monumentos e fazer compras. O resultado foi um roteiro que contempla os aspectos naturais da Islândia, mas dá possibilidade de conhecer outros países. É uma viagem para a Europa completamente diferente dos padrões nacionais”, explica Marco Lourenço, diretor de vendas da Queensberry.

 

Um passe para explorar a cidade

O I Amsterdam City Card (iamsterdam.com/pt/i-am/i-amsterdam-city-card) é o passe para explorar a capital holandesa de um jeito econômico. O cartão dá acesso ilimitado ao transporte público (leia-se metrô, balsas e ônibus, exceto trens), inclui algumas atrações gratuitas, entre elas o passeio de barco pelos canais, e oferece descontos de até 50% em museus, tours, bares e lojas.

O cartão tem vigência de 24 horas (€ 59), 48 horas (€ 74), 72 horas (€ 85) e 96 horas (€ 98), dependendo de seu tempo de permanência.

O I Amsterdam City Card passa a valer a partir do momento em que você o utiliza pela primeira vez. No transporte público, é preciso validá-lo nos leitores das máquinas. Você pode comprá-lo antecipadamente pelo site iamsterdam.com ou nos postos de informações turísticas no aeroporto de Schipol, na I Amsterdam Store, na estação central ou no centro de informações turísticas em frente à estação.

Das 44 atrações e passeios com entrada gratuita estão os museus Van Gogh, Van Loon, Hermitage, Stedelijk e Nemo, a Casa-Museu de Rembrandt, a igreja Oude Kerk e o Artis Royal Zoo. Descontos de 25% são oferecidos nos ingressos de Heineken Experience, Madame Tussauds, museus da Prostituição e da Fotografia, como também no aluguel de bikes. Fora dos benefícios do cartão está a Casa de Anne Frank (annefrank.org/en).

 

Passeios

Museu Van Gogh: 18 euros (vangoghmuseum.nl)

Casa de Rembrandt: 13 euros (rembrandthuis.nl/en)

Hermitage Amsterdam: 25 euros (hermitage.nl)

Casa da Anne Frank: 10 euros (annefrank.org/en)

Riijksmuseum: 17,50 euros (rijksmuseum.nl)

Heineken Experience: 18 euros (heineken.com)

Passeio de barco pelos canais: 16 euros

I Amsterdam City Card: Vigência de 24 horas (59 euros), 48 horas (74 euros), 72 horas (85 euros) e 96 horas (98 euros).

 

Quem leva

Roteiro: Islândia, Terra do Fogo e dos Elfos (E o Melhor dos Países Baixos)/18 dias

Saídas em 2019: 23/5, 11/7, 15/8 e 12/9

Pacote: Inclui aéreos, 3 noites em Akureyri, 4 em Reykjavík, na Islândia, 4 em Amsterdã (Hotel Kimpton de Witt), 3 em Bruxelas e uma em Frankfurt, serviço de maleteiros, 15 cafés da manhã e 6 refeições, guias locais falando português, visita às vilas de Marken, Volendam, Zaanse Schans, Bruges e Antuérpia, tour em Reykjavík, Amsterdã e Bruxelas, cobertura Trip Protector e seguro-viagem.

Preço: Sob consulta

Consute as agências:

AMMP – Associação do Ministério Público: (31) 2105- 4867

Estação de Turismo: (31) 3029-1688

LCN: (31) 2126-8200

Mappa Turismo: (31) 3071- 4000

Tucha Turismo: (31) 3262-1830