Pernambuco

Turista terá que apresentar exame de Covid-19 e usar app para viajar a Noronha

A partir do dia 10 de outubro, arquipélago será aberto aos turistas; Dycovid usa Bluetooth e GPS para acessar mapas de risco e enviar notificações

Por Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2020 | 18:11
 
 
Ilha de Fernando de Noronha Edy Fernandes

O governo de Pernambucano anunciou nesta sexta-feira (25) que, a partir do dia 10 de outubro, o arquipélago de Fernando de Noronha vai reabrir para o turismo. Os visitantes precisaram apresentar o exame RT-PCR negativo para Covid-19 e seguir os protocolos elaborados pela administração da ilha e pela Secretaria de Estado da Saúde.

Outra medida obrigatória é baixar o aplicativo Dycovid durante a permanência na ilha. Criado pelo Porto Digital, em parceria com o Ministério Público de Pernambuco e a Secretaria de Estado de Saúde,  o Dycovid notifica o usuário da ocorrência de um contato de alto risco, dando melhor rastreabilidade e controle da doença a tecnologia. 

A tecnologia contact tracing  pode analisar o histórico até 14 dias antes do resultado do teste do infectado pela Covid-19 dar positivo, assim as pessoas que tiveram nas imediações do contaminado recebem notificação de risco, que é classificada de acordo com a proximidade e tempo de exposição. Tudo é feito de forma anônima, sem coletar informações do usuário.

"Imagina que chega na parada um ônibus cheio de pessoas infectadas com Covid-19, elas descem do veículo, e você deseja entrar para seguir sua viagem, mas as partículas infecciosas continuam lá", exemplifica Matheus Rodrigues, CEO da Mamba Labs, startup desenvolvedora do aplicativo. "Esse cenário e situações de risco similares, são notificadas pelo aplicativo". 

Também será necessário aos visitantes assinar o Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, concordando com o cumprimento do protocolo da Vigilância Sanitária. Na saída da ilha, será necessário realizar novo RT-PCR. Um resultado positivo fará com que o Dycovid avise todas as pessoas que tiverem sido expostas ao vírus para evitar a contaminação comunitária.

No desembarque no arquipélago será feita a medição de temperatura e não será permitida a entrada de pessoas com sintomas de febre. E também é necessário obedecer ao distanciamento social de 1,5 m na área do aeroporto, além do uso obrigatório de máscara em todos os locais públicos, sob pena de multa, e a higienização das mãos. 

Na ilha, dispensers de álcool em gel estão nas trilhas do Parque Nacional Marinho, que passaram por processo de desinfecção. A  escadaria que dá acesso à praia do Sancho, um dos cartões-postais do arquipélago, é higienizada a cada duas horas. Nas pousadas, os profissionais precisam de cuidado redobrado na higienização dos quartos. Empresas de mergulho são obrigadas a higienizar os equipamentos de mergulho autônomo a cada uso.