Os venezuelanos aguardavam ansiosamente o início da divulgação dos resultados parciais das eleições presidenciais deste domingo, 28, que podem abrir caminho para o fim de 25 anos de um governo autoproclamado socialista.
Alguns centros de votação permaneceram abertos mais de duas horas após o prazo de encerramento.
Segundo o governo de Nicolás Maduro, os resultados começarão a ser anunciados a partir das 22h (horário local), que corresponde às 23h de Brasília. Pela legislação do país, é proibida a publicação de pesquisas de boca de urna.
8 países da América Latina pedem transparência na apuração e respeito aos resultados
Os governos do Uruguai, Argentina, Equador, Paraguai, Peru, Panamá, Costa Rica e República Dominicana divulgaram nota dizendo que acompanham o desenrolar da apuração da eleição venezuelana neste domingo, 28, e exigiram que os resultados sejam respeitados. Eles também pediram que seja liberado acesso dos fiscais de urna as atas de votação.
O movimento foi capitaneado pelo presidente do Panamá, José Raúl Mulino, e envolve governos de centro e centro-direita da região. Mulino reiterou que respeito à vontade do povo é fundamental para o governo da democracia.
O Panamá é um dos países mais afetados pelo êxodo de 7 milhões de venezuelanos, muitos dos quais tentam atravessar a Selva de Darién, para chegar aos Estados Unidos.
Governos sul-americanos de esquerda mais próximos do chavismo, como a Colômbia de Gustavo Petro e o Brasil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem Maduro trocou farpas recentemente, não subscrevem a nota. (Estadão Conteúdo)