Cardeais de todo o mundo se reunirão para escolher o novo papa, no Conclave, após a morte de Francisco, nesta segunda-feira (21). O Vaticano não informou, ainda, quando o processo será iniciado. No entanto, a expectativa é de que as reuniões dos religiosos tenham início entre 15 a 20 dias. 

Todos os cardeais ficam hospedados em uma acomodação, na chamada “Domus Sanctae Marthae”, construída na Cidade do Vaticano. Há cardeais de três ordens: diáconos, presbíteros e bispos.

Na parte da manhã e na parte da tarde, são feitas as orações e a celebração das sagradas funções ou preces. Em seguida, há os procedimentos para as eleições. Podem votar e ser votados todos os cardeais com menos de 80 anos de idade. Os religiosos acima desta idade só podem ser eleitos. 

Relembre como foram os três últimos Conclaves da igreja católica: 

Papa Francisco - 2013 

O conclave que elegeu o argentino Jorge Mário Bergoglio, em 2013, foi curto. Após a renúncia do papa Bento XVI, em 11 de fevereiro daquele ano, o Vaticano convocou os cardeais para a eleição. 

O conclave foi realizado nos dias 12 e 13 de março, e Francisco foi eleito em três votações. 

Bento XVI - 2005 

Na eleição do alemão Joseph Ratzinger, em 2005, a escolha também não durou muito tempo. O conclave teve início em 18 de abril e terminou no dia seguinte. Foram necessárias quatro votações para se chegar ao número necessário para a eleição, de 2/3 dos votos. 

João Paulo II 

Mais antigo, o conclave de João Paulo II foi realizado em 1978. A escolha foi feita nos dias 25 e 26 de agosto, na Capela Sistina no Vaticano. 

Conclave mais longo 

Entre a morte de Clemente IV (1268) e a eleição de Gregório X, em 1º de setembro de 1271, foram 34 meses de Conclave. O maior da história. Inclusive, o termo conclave - que significa “com chave” - nasceu naquela época. 

Os cardeais estavam demorando demais para decidir quem seria o eleito e, então, o governador da cidade de Viterbo decidiu trancá-los para que eleição acontecesse. Eles chegaram a ter, inclusive, racionamento de comida e bebida. 

Pressionados, com fome e com sede, decidiram pelo arquidiácono de Liège, Teobaldo Visconti, que não era cardeal. E ele escolheu o nome de Gregório X.

(*Com Raíssa Pedrosa)