Morreu aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21 de abril), Jorge Mario Bergolio, o Papa Francisco. E, durante os seus 13 anos de pontificado, uma cena emblemática emocionou o mundo em um dos momentos mais difíceis que a humanidade já enfrentou: no dia 27 de março de 2020, no auge da pandemia de covid-19, Francisco celebrou uma Santa Missa sozinho diante da imensa praça de São Pedro completamente vazia.
O gesto de Bergolio foi um ritual inédito, no qual foi dada a bênção Urbi et Orbi (À Cidade e ao Mundo) a todos os fiéis. Na ocasião, foi concedida a indulgência plenária - remissão total da pena temporal dos pecados, concedida pela Igreja, que são perdoados na confissão sacramental - a mais de 1,3 bilhão de católicos.
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A bênção extraordinária Urbi et Orbi é a mesma que os pontífices costumam transmitir apenas em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, datas em que se lembram o nascimento e a morte de Jesus, respectivamente.
A imagem de Francisco orando sozinho diante da imensa esplanada pelo fim da guerra contra um inimigo invisível é quase cinematográfica.
"Tratou-se de um evento extraordinário presidido pelo papa, em um momento específico, quando o mundo caiu de joelhos pela pandemia. Um momento de graça extraordinária, que nos deu a oportunidade de viver este tempo de sofrimento e medo com fé e esperança", explicou o Vaticano em uma nota na época.
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