O Vaticano divulgou, na manhã desta segunda-feira (21), que a primeira cerimônia oficial após a morte do Papa Francisco acontecerá às 15h (horário de Brasília, 20h no horário de Roma). Conforme a nota, trata-se do rito de constatação da morte e do início do processo de deposição do corpo na urna funerária. A cerimônia será presidida por Sua Eminência Reverendíssima, o Cardeal Kevin Joseph Farrell, Camerlengo da Santa Igreja Romana.

O corpo do Papa será velado às 19h45 na Capela da Domus Sanctae Marthae, local onde ele residiu durante seu pontificado. A cerimônia marca o início dos Novendiales, o período de nove dias de luto oficial no Vaticano. Durante esse tempo, serão realizadas três etapas litúrgicas tradicionais. A primeira contempla o embalsamamento do corpo, sua vestição com paramentos sagrados e a exposição para orações na residência papal. Na sequência, ocorre uma procissão solene em direção à Basílica de São Pedro, onde o féretro será acolhido pelos fiéis para as despedidas públicas. A missa de exéquias será celebrada na Praça de São Pedro, reunindo autoridades civis, líderes religiosos e fiéis de diferentes partes do mundo.

A terceira e última fase será o sepultamento. Atendendo a um pedido pessoal, o Papa Francisco será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore — em vez da cripta sob a Basílica de São Pedro, onde tradicionalmente repousam os pontífices. O túmulo será aberto à visitação pública

Entenda 

Jorge Mario Bergoglio — o Papa Francisco — morreu aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21 de abril). A morte foi confirmada oficialmente pelo Vaticano. Seu pontificado, que durou 12 anos, foi marcado por sua popularidade entre os fiéis e pela forte resistência dentro da Igreja Católica ao seu projeto de reformas, mesmo sem questionamentos aos pilares doutrinários. O falecimento de Francisco ocorreu às 2h35 (horário de Brasília) e 7h35 no horário local.


Nesse Domingo de Páscoa (20/04), dia em que a Igreja Católica celebrou a ressurreição de Cristo, Francisco publicou em suas redes sociais registros de sua última aparição, e afirmou: "Na maravilha da fé pascal, trazendo no coração todas as expectativas de paz e libertação, podemos dizer: Convosco, Senhor, tudo é novo. Convosco, tudo recomeça".

Desde o início de fevereiro o papa vinha sofrendo com uma bronquite e, chegou a precisar interromper a leitura de um discurso durante sua audiência geral semanal devido às dificuldades para respirar. "Deixem-me pedir ao padre que continue lendo porque ainda não consigo com a minha bronquite. Espero que na próxima vez eu possa", disse na ocasião.