Ben Cohen, cofundador da empresa de sorvetes Ben & Jerry's, foi detido pela Polícia do Capitólio durante audiência no Senado dos Estados Unidos na quarta-feira (15). O empresário protestava contra o apoio do Congresso americano às operações militares de Israel em Gaza enquanto o Secretário de Saúde Robert F. Kennedy Jr. prestava depoimento ao Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões.

Durante sua remoção da audiência, Cohen declarou: "O Congresso mata crianças pobres em Gaza comprando bombas e paga por isso retirando crianças do Medicaid nos EUA".

O protesto do empresário manifesta oposição ao bloqueio que restringe a entrada de alimentos na região palestina. Cohen pediu que parlamentares americanos tomem providências para permitir a entrada de suprimentos alimentares em Gaza.

"O Congresso e senadores precisam aliviar o cerco; eles precisam deixar comida entrar em Gaza", afirmou o empresário durante o protesto.

Segundo informações fornecidas pela Polícia do Capitólio ao veículo de comunicação Axios, Cohen foi acusado de "Aglomeração, Obstrução ou Incômodo". Outras seis pessoas também foram detidas e receberam a mesma acusação durante a audiência, embora vídeos do incidente indiquem que os protestos dessas pessoas não estavam relacionados à situação em Gaza.

Após ser liberado, Cohen publicou em sua conta na plataforma X: "Eu disse ao Congresso que eles estão matando crianças pobres em Gaza comprando bombas, e estão pagando por isso retirando crianças pobres do Medicaid nos EUA. Esta foi a resposta das autoridades."

O cofundador da Ben & Jerry's tem histórico de ativismo. Em 2023, ele foi detido no Departamento de Justiça por protestar em apoio ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Recentemente, Cohen participou do programa Tucker Carlson Show, onde discutiu sua oposição ao envolvimento dos Estados Unidos na guerra na Ucrânia.