O Conclave deste ano tem um número recorde de votantes: são 133 cardeais em reunião na Capela Sistina para decidir quem será o novo papa. O grupo poderia ser ainda maior, mas uma polêmica impediu que isso ocorresse. Um cardeal queniano ficou de fora do ritual e acusa o Vaticano de tê-lo excluído.
Uma das hipóteses para a ausência de John Njue do Conclave é uma confusão sobre sua idade. Ele teve uma alteração na certidão de nascimento há alguns meses e, de 81 anos, passou a ter oficialmente 79. Não existe idade máxima para ser eleito papa, mas para votar no conclave, sim — 80 anos. Com a mudança, portanto, Njue poderia votar. Por isso, ele tem sido chamado de cardeal “gato”, em referência à gíria do futebol que descreve um jogador que altera a idade para jogar em outra categoria.
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Antes do início do Conclave, o Vaticano divulgou que ele era um dos cardeais que não estariam presentes no Conclave, porém não justificou o motivo. Os rumores eram de que ele estaria doente. Em uma entrevista, o próprio Njue, contudo, negou qualquer problema de saúde e disse não ter sido convidado pelo Vaticano para participar das votações.
Na verdade, os cardeais com idade para votar não precisam de convite formal para comparecer ao Conclave, como o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, esclareceu nesta semana. Outra ausência no Conclave é do cardeal espanhol Antonio Cañizares, de 79 anos, impedido por questões médicas.