Faltam horas — ou dias — para que o novo papa seja escolhido no Conclave que se desenrola no Vaticano. Mas os fiéis já antecipam outro momento importante que sucede a liberação da fumaça branca na Capela Sistina: a escolha do nome do próximo pontífice.
É tradicional que o cardeal escolhido para assumir a liderança da Igreja adote um nome que homenageia santos, apóstolos de Jesus e papas anteriores. Foi assim que Jorge Mario Bergoglio tornou-se Francisco, por exemplo. O nome escolhido pode simbolizar o caminho que o papa deseja seguir. Francisco, por exemplo, foi o primeiro a se chamar assim na história da Igreja, o que geralmente é um sinal de ruptura com algumas tradições ou um recomeço.
Agora, enquanto o Conclave ocorre a portas fechadas na Capela Sistina, ressurge uma fala de 2023 do papa Francisco que pode indicar o nome do novo papa. Ao ser questionado por uma jornalista sobre uma viagem ao Vietnã, ele brincou: “Se eu não for, João XXIV certamente irá”.
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O último papa a adotar o nome do apóstolo foi João XXIII, cujo papado durou de 1958 a 1963. Conhecido por uma aproximação com o povo, ele também entrou para a história como o papa que abriu o Concílio Vaticano II, reunião da Igreja que modernizou suas estruturas. Foi nele que ficou decidido que as missas não seriam mais celebradas em latim ao redor do mundo, e sim nas línguas locais, por exemplo. O Concílio II também engatilhou a aproximação do catolicismo de outras religiões. Um novo João, portanto, pode ser um papa responsável por conduzir transformações na Igreja.
A decisão do nome é uma das primeiras decisões que o escolhido tomará após ser eleito e será anunciada ao público pouco depois da fumaça branca ser liberada da Capela Sistina.