Ao desembarcar em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (18) o prefeito Àlvaro Damião (União Brasil) rebateu as críticas recebidas
em função da viagem a Israel. O líder do Executivo afirmou que não se arrepende da viagem e que, quando a comitiva brasileira viajou ao Oriente Médio, não havia indícios de acirramento do conflito entre Israel e Irã. 

Desde a viagem, Damião enfrenta críticas de vereadores, sobretudo do campo progressista, na Câmara Municipal. A vereadora Cida Falabella (PSOL), inclusive, protocolou um pedido de informações à prefeitura. O documento foi aprovado pela Comissão de Administração Pública e pede esclarecimentos sobre os custos da viagem, fonte de recursos. 

Questionado, o prefeito reforçou que foi convidado pelo governo israelense. “Ninguém estava em Israel a passeio, estavamos todos a trabalho. Infelizmente, chegamos ao país em uma situação, quando de repente chegou q informação que o país estava entrando em guerra. Em nenhum momento chegou para nós informação de que o país entraria em guerra”, ponderou Damião. 

O prefeito de Belo Horizonte informou que o primeiro sinal de conflito foi dado na última quinta-feira, 12 de junho, quando o governo israelense orientou a comitiva brasileira a baixar um aplicativo de alertas de segurança. “Fomos sem saber o que aconteceria naquele país quatro dias depois da nossa chegada”, frisou.

À imprensa, Damião disse que o conflito entre Israel e Irã marca o início de uma guerra histórica. “É o início de uma terceira guerra mundial e as pessoas acham que a gente ia para um país que estava entrando em guerra, que alguém saiu no Brasil sabendo que ia entrar em guerra. Ninguém, absolutamente ninguém, sabia”, sinalizou. 

Veja vídeo:

DECLARAÇÃO - Ao desembarcar em Belo Horizonte nesta quarta-feira (18), o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) justificou a viagem a Israel. “Ninguém estava lá a passeio. Estávamos a trabalho”, declarou em coletiva.

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— O Tempo (@otempo) June 18, 2025

Câmeras de segurança

Àlvaro não respondeu sobre as denúncias de violações humanitárias contra Israel, feitas por comissários da Organização das Nações Unidas (ONU), e sinalizou que pretende instalar em Belo Horizonte o modelo de câmeras de segurança utilizado em Israel. 

“Bom deixar claro que Israel tem um conflito na Faixa de Gaza e isso já é de muito tempo. Mas nós não fomos para a Faixa de Gaza”, argumentou. “Nós fomos para um evento em Tel Aviv e estávamos ali para falar sobre segurança pública em municípios, estratégias que são usadas. E uma dela, por exemplo, em uma das cidades que a gente visitou em Kfar Sava, são poucos os policiais nas ruas, porque o sistema de segurança deles é através de câmeras , e é muito reconhecido. Esse é um dos exemplos de várias das coisas que a gente podia aprender e algumas delas a gente já até aprendeu porque nós tivemos três dias de aprendizado”, justificou o prefeito.

Damião ainda citou a instalação de empresas de tecnologia em Israel, como justificativa para conhecer novos instrumentos que podem ser úteis na segurança pública em Belo Horizonte.