Logo após desembarcar em Confins no retorno de Israel, na tarde desta quarta-feira (18), o prefeito Àlvaro Damião (União Brasil) disse terá uma agenda com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE).
A entidade sindical, inclusive, foi ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, e protestou contra Damião. Em resposta, o prefeito disse que o assunto será o primeiro a ser tratado no retorno a Belo Horizonte.
“Cumprimentei todos eles e meu primeiro passo é ir direto para a Afonso Pena 1.212. Estou até com saudades de trabalhar lá. E agora vou pra lá conversar sobre a greve”, disse.
Paralisação
A categoria está paralisada desde o dia 9 de junho. A categoria cobra do Executivo além da recomposição salarial, adequação de carreira e outros pontos.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte, Carolina Pasqualini, criticou a proposta de reajuste da prefeitura, de 2,49%. Segundo ela, o aumento deveria seguir o reajuste do piso nacional do magistério, de 6,27%. “A gente sabe que a prefeitura tem dinheiro. A educação tem verba própria dentro da lei orgânica do município. 25% dos impostos arrecadados são direcionados para a educação. O que falta é vontade política”, criticou.
Pasqualini também classificou a viagem do prefeito a Israel como desrespeitosa. Damião, assim como outros prefeitos, viajou a convite do governo israelense para participar do evento “Projetos Municipais para Segurança Pública e o Desenvolvimento Local”. Inicialmente, ele permaneceria no Oriente Médio até o dia 21, mas a viagem foi antecipada com o acirramento dos ataques entre Israel e Irã.
“No mínimo essa viagem foi desrespeitosa. O prefeito largou a cidade com uma greve acontecendo para ir a Israel que está em meio a um conflito, sendo acusado de genocídio, e o prefeito escolhe ir exatamente a Israel, mesmo com todas as polêmicas que o país está envolvido”, completou antes do desembarque do prefeito.